Eu Quero A Menina

Eu Quero A Menina (Ruy Penalva) Só não viu foi quem não quis O perdão tergiversar Quando aquele monstro feiticeiro Tomou conta do lugar Chegou, pediu, minto, exigiu A mais linda virgem pra levar A mais atraente A mais comovente A mais sempre a mais dentre as mais Pegou a menina Levou a menina Roubou a menina, sumiu Ninguém soube dela Ninguém mais revela Ninguém disse ao menos um piu! Já depois muito depois Bem no céu apareceu Um grande cometa Talvez um planeta Eu sei uma estrela nasceu Eu quero a menina Me tragam a menina Eu quero a menina porque No fim novela Só eu gosto dela Só eu vou poder desfazer Tamanho encanto Dum forte quebrando Que um dia pôs tudo a perder Um grande momento Meu contentamento De um dia casar com você

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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Folha.com - Poder - Após ligação de Serra, Gilmar Mendes para sessão sobre documentos para votar - 30/09/2010

Folha.com - Poder - Após ligação de Serra, Gilmar Mendes para sessão sobre documentos para votar - 30/09/2010

Dallari: “Decisão de Gilmar Mendes prova que ele não tinha condições de ser ministro do STF” | Viomundo - O que você não vê na mídia

Dallari: “Decisão de Gilmar Mendes prova que ele não tinha condições de ser ministro do STF” | Viomundo - O que você não vê na mídia

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mercadante recebe apoio de policiais militares e civis

Eleição, Marina e indecisos

No momento tudo indica que Marina está surfando nos indecisos. Já fez estrago no eleitorado de Serra, recentemente fez no eleitorado de Dilma, que parou de crescer e ainda perdeu alguns pontos no tracking da Vox/Band. Aparentemente, como na Bolsa de valores, Dilma achou um ponto de resistência, e esse ponto parece situar-se em 49% nas pesquisas. Como não acredito que Serra ganhe mais eleitores nessa eleição, o primeiro turno vai ficar dependente exclusivamente do quantum de indecisos que migrarão para Marina e da abstenção eleitoral e sua repercussão. O grande erro do programa de TV de Dilma, viu João Santana, tem sido dar excesso de vida própria a Dilma e tirar Lula do programa, quando a presença de Lula devia ser massacrante, diária. Dilma é muito burocrática falando, não transmite empolgação, gana, entusiasmo. Tem registro vocal na faixa de contralto, ao contrário do mezzo-soprano esganiçado de Marina, o que a aproxima demais da voz masculina, autoritária, por isso a presença de Lula devia ser diária, entrevistando Dilma, tocando no coração dos brasileiros. João Santana no momento precisa parar de inserir excesso de imagens gráficas, que nada dizem mais ao eleitor. Essa semana é a semana da emoção, do choro, da despedida, da saudade de Lula, se João Santana não perceber isso poderá perder pontos preciosos para uma cada dia mais burocrática e enfezada Dilma.

Em briga com índio, Marina deu razão à empresa do vice | Conversa Afiada

Em briga com índio, Marina deu razão à empresa do vice | Conversa Afiada


Em briga com índio, Marina
deu razão à empresa do vice

Marina e o vice: índios, índios, negócios a parte

O Conversa Afiada reproduz informações enviadas por amigo navegante:


São Paulo, terça-feira, 01 de setembro de 2009

Índios atacam exploração apoiada por Marina
Natura, que tem relações próximas com a senadora, é alvo de ação sob acusação de biopirataria; empresa nega apropriação indevida

Gigante dos cosméticos é suspeita de aproveitar para fins comerciais o fruto do murmuru, de conhecimento tradicional dos ashaninkas
FÁBIO ZANINIENVIA
DO ESPECIAL A RIO BRANCO

Defendida pela senadora Marina Silva (PV-AC), a exploração comercial de um fruto típico do Acre gerou um processo judicial por biopirataria contra a Natura. A gigante do setor de cosméticos tem relações próximas com a pré-candidata do PV a presidente.
A empresa é ré em uma ação do Ministério Público Federal na Justiça Federal do Acre em razão do suposto aproveitamento ilegal do fruto do murmuru, que é usado na produção de xampus e sabonetes.
A acusação é de uso comercial a partir do conhecimento tradicional do fruto pela etnia ashaninka, que vive na fronteira com o Peru.
Em 2001, o murmuru constava de um acervo de plantas do Acre levado por Marina à Natura, para possível exploração econômica. Em 2003, foi assinado um termo de compromisso nesse sentido entre a empresa e o governo do Acre, intermediado pela senadora.
A Natura é considerada exemplo de compromisso com o meio ambiente por Marina. Juntando doações da empresa e de seus diretores, foi a segunda maior contribuinte da última campanha da senadora, em 2002, com R$ 30 mil. Seu presidente, Guilherme Leal, é mencionado como possível vice na provável chapa de Marina em 2010. A maior doadora foi a Pirelli, com R$ 50 mil.
Em agosto de 2007, a Procuradoria entrou com ação contra a Natura e mais duas empresas de cosméticos, em nome dos índios, cobrando compensação financeira. “A Natura, embora negue, acessou conhecimento tradicional sobre o murmuru. [...] Não é digno de crença que, como gigante do ramo, não tivesse obtido dados a partir dos resultados das pesquisas junto aos ashaninkas”, diz a ação.

“Uso indireto”
A base legal da ação é a medida provisória 2.186, de 2001, que assegura às comunidades indígenas “benefícios pela exploração econômica por terceiros, direta ou indiretamente, de conhecimento tradicional”.
No caso, a Natura é acusada de “uso indireto”, uma vez que o conhecimento teria sido repassado por um pesquisador que trabalhou com os ashaninkas nos anos 1990.
A empresa diz que teve acesso ao princípio ativo do murmuru na “vasta literatura científica” sobre o tema. A Procuradoria rebate que essa literatura baseou-se nas tradições dos ashaninkas, o que não isentaria a empresa de pagar pelo uso.
“Se você entrar na floresta procurando a esmo plantas, vai passar um século até achar algo. É evidente que foi pelo conhecimento dos ashaninka que se chegou ao murmuru”, diz o procurador Anselmo Lopes.
A promotoria pede que os réus paguem 50% dos lucros obtidos com a venda dos produtos à base de murmuru como compensação. Ainda não há data para o julgamento do caso.



São Paulo, terça-feira, 01 de setembro de 2009
outro lado

Senadora diz que exploração não tem regra clara
DO ENVIADO ESPECIAL A RIO BRANCO

Marina Silva considera “natural” a disputa entre a Natura e os índios ashaninkas e evita tomar partido. “Seria eu me colocar no lugar de juiz”, diz.
Segundo ela, há uma “zona cinzenta” no marco regulatório para exploração de produtos ligados a comunidades tradicionais. “Tem certa naturalidade em que haja esse tipo de processo. O problema é que não existe um regramento claro sobre acesso aos componentes da biodiversidade e conhecimentos tradicionais associados”, afirma.
Marina é autora de um projeto de lei de 1995 apresentando um marco regulatório, nunca aprovado. Segundo ela, a proposta levada à Natura de exploração de plantas é compatível com a defesa de uma “economia verde”.
“Eu sempre busquei empresários que tenham sensibilidade para a agenda do desenvolvimento sustentável. Agora, os problemas que surgem as empresas têm que resolver, e a Justiça tem que se pronunciar no mérito”, disse.
Já a Natura nega que tenha se apropriado indevidamente do conhecimento tradicional dos ashaninkas e justifica o acesso ao murmuru com base na literatura científica sobre as propriedades da planta.
“Há trabalhos publicados sobre o tema desde 1941. Foi assim que obtivemos acesso ao princípio ativo”, diz Rodolfo Guttilla, diretor de Assuntos Corporativos da empresa.
Segundo ele, a empresa não explora o produto no Acre, mas o acessa na região do Médio Juruá, no vizinho Amazonas, mediante compensação para comunidades locais. “Não houve dolo ou má-fé em nenhuma circunstância.”
Guttilla afirma que o termo de compromisso assinado com o governo do Acre em 2003, que foi intermediado por Marina, acabou não prosperando e hoje está dormente. Segundo ele, a Natura remunera 23 comunidades em vários Estados pelo uso de produtos vegetais, o que beneficia 2.000 famílias.
O diretor declara que o uso do murmuru está registrado no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético, ligado ao Ministério de Meio Ambiente, como manda a lei.


São Paulo, terça-feira, 01 de setembro de 2009

saiba mais



Repartição de benefícios é questão difícil
CLAUDIO ANGELO
EDITOR DE CIÊNCIA

O caso Natura versus ashaninkas pode virar uma dessas histórias paradigmáticas sobre como é mais fácil tocar fogo numa floresta do que gerar riqueza a partir do seu uso.
Não é a primeira vez que comunidades indígenas vão à Justiça exigir repartição de benefícios por bioprospecção. Em 2002, índios craôs, do Tocantins, denunciaram um grupo da Universidade Federal de São Paulo por biopirataria.
Os cientistas, liderados por Elisaldo Carlini, haviam feito um acordo com uma aldeia craô para desenvolver remédios fitoterápicos a partir do conhecimento indígena. Outras aldeias, excluídas do trato, processaram a universidade, pedindo uma indenização de R$ 25 milhões por uso indevido do conhecimento. A Unifesp não pagou, mas Carlini acabou desistindo do projeto.
A repartição de benefícios por conhecimento tradicional é um terreno pantanoso. É difícil definir a quem pertence um conhecimento, ainda mais quando várias populações são detentoras de conhecimentos comuns -o uso do curare, por exemplo.
Essa é uma das razões pelas quais empresas farmacêuticas sérias costumam correr dos índios.
A outra, no caso do Brasil, é uma legislação kafkeana que criminaliza a pesquisa ao mesmo tempo em que deixa buracos sobre a repartição de benefícios. Em seus mais de cinco anos como ministra, Marina Silva não conseguiu mudar essa norma.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma mantém 51% e Serra, 24% - Eleições - iG

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma mantém 51% e Serra, 24% - Eleições - iG

Lula Denuncia a Midia Golpista

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Lula: "nove ou dez famílias" dominam a comunicação no Brasil
23 de setembro de 2010 • 09h16 • atualizado às 09h39

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Para Lula, imprensa tem candidato e partido

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Antonio Prada
Bob Fernandes
Gilberto Nascimento
Direto de Brasília

A três meses e meio do término de seu governo, o presidente Lula está certo da vitória de sua candidata à presidência da República, Dilma Rousseff, mas recomenda: "cautela". Numa conversa exclusiva de uma hora com o Terra no Palácio do Planalto, Lula, provocado, esmiúça o que pensa da mídia e sobre a mídia. Diz que, de alguma forma, o país tem, terá que discutir e legislar - no Congresso, ele ressalva - sobre o assunto. Para definir como percebe o olhar da chamada grande mídia, Lula resume:

-Eles têm preconceito, até ódio...

A ênfase, a contundência no julgamento e comentários quando o tema é este, mídia, são permeadas por gestos e palavras que mostram um presidente da República disposto e pronto para o próximo comício, bem humorado, carregado de adrenalina. Antes do início da entrevista, Lula quer conversar, diluir ansiedades e tensões.

"Baby...", diz a um jornalista, "pô, que gravador é esse, não tinha um digital?", provoca outro. Segura a gravata de um terceiro, parece admirar o tecido, os desenhos, e opina:

-Mas essa gravata... esses desenhos parecem uma ameba!

O presidente da República faz as honras da casa, pede que se sirva um cafezinho, uma água antes de, atraído para o tema, partir para o ataque:

- Na campanha passada, os caras diziam porque o avião do Lula... porque o Aerolula... (Estavam) disseminando umas bobagens... vai despolitizando a sociedade. Agora, estão dizendo que a TV pública é a TV do Lula. Nunca disseram que a TV pública de São Paulo é do governador de São Paulo e as outras são dos outros governadores...

Para Lula, críticas à falta de liberdade na área de comunicação, mais do que injustas, não têm sentido. Ele diz duvidar que outros países tenham mais liberdade de informação do que o Brasil:

-Nesse momento do Brasil, falar em falta de liberdade de comunicação? Eu duvido. Eu quero até que vocês coloquem em negrito isso aqui. Eu duvido que exista um país na face da Terra com mais liberdade de comunicação do que neste País, da parte do governo.

O presidente se mostra disposto a um duro embate com setores da mídia: - A verdade é que nós temos nove ou dez famílias que dominam toda a comunicação desse País. A verdade é que você viaja pelo Brasil e você tem duas ou três famílias que são donas dos canais de televisão. E os mesmos são donos das rádios e os mesmos são donos dos jornais.

"No Brasil - foi o Cláudio Lembo que disse isso para o Portal Terra -, a imprensa brasileira deveria assumir categoricamente que ela tem um candidato e tem um partido. Seria mais simples, seria mais fácil. O que não dá é para as pessoas ficarem vendendo uma neutralidade disfarçada", cobra Lula.

O presidente sinaliza que mudanças nessa área deverão ser discutidas no Congresso Nacional e poderão ser viabilizadas no próximo governo:

-O Brasil, independentemente de que de quem esteja na Presidência da República, vai ter que estabelecer o novo marco regulatório de telecomunicações desse País. Redefinir o papel da telecomunicação. E as pessoas, ao invés de ficarem contra, deveriam participar, ajudar a construir, porque será inexorável.

A seguir, a primeira das três partes da entrevista com Lula que o Terra publica ao longo desta quinta-feira (23).

Terra - Presidente, em 1978 o senhor era um líder operário, estava na Bahia em um encontro de petroleiros, no Hotel da Bahia, eu era um estudante de comunicação, ainda tinha AI-5, censura à imprensa. Na década seguinte, nos anos 80 e 90, em inúmeras conversas com o senhor o assunto acabava de alguma forma passando pelo monopólio na mídia. No ano 2002, na véspera da eleição, de novo conversamos sobre isso. Em 2006, a uma semana do senhor ser reeleito presidente, numa conversa o senhor disse que não iria "tirar nada" de ninguém, que isso não seria democrático, mas que a ideia era redistribuir meios, ajudar os meios, ter uma maior diversidade de opinião. Chegando agora, nesta reta final (em 2010) o senhor tem feito críticas duras, dizendo que a imprensa, a mídia tem um candidato e não tem coragem de assumir e, ao mesmo tempo, o contraditório diz que existiria um Projeto Político, projeto vocalizado outro dia pelo José Dirceu, para "enquadrar meios de comunicação". Então, queria que o senhor dissesse o que o senhor realmente pensa disso, e se realmente existe uma expectativa, se existe alguma coisa em relação a isso...
Luiz Inácio Lula da Silva - Olha, primeiro, na nossa passagem pela Terra... não pelo Terra, pela Terra, a gente ouve coisas absurdas, que a gente gosta e que a gente não gosta. Veja, qualquer coisa nesse País tem o direito de me acusar de qualquer coisa. É livre. Aliás, foi o PT que, no congresso de São Bernardo do Campo, decidiu que era proibido proibir. Era esse o slogan do PT no congresso de 1981.

Terra - O Caetano vai dizer que é dele...
O que acontece muitas vezes é que uma crítica que você recebe é tida como democrática e uma crítica que você faz é tida como antidemocrática. Ou seja, como se determinados setores da imprensa estivessem acima de Deus e ninguém pudesse ser criticado. Escreveu está dito, acabou e é sagrado, como se fosse a Bíblia sagrada. Não é verdade. A posição de um presidente é tomada como ser humano, jornalista escreve como ser humano, juiz julga como ser humano. Ou seja, temos um padrão de comportamento e julgamento e, portanto, todos nós estamos à mercê da crítica. No Brasil - , e foi o Cláudio Lembo que disse para o Portal Terra -, a imprensa brasileira deveria assumir categoricamente que ela tem um candidato e tem um partido, que falasse. Seria mais simples, seria mais fácil. O que não dá é para as pessoas ficarem vendendo uma neutralidade disfarçada. Muitas vezes fica explícita no comportamento que eles têm candidato e gostariam que o candidato fosse outro. Tiveram assim em outros momentos. Acho que seria mais lógico, mais explícito. Mas, eles preferem fingir que não têm lado e fazem críticas a todas as pessoas que criticam determinados comportamentos e determinadas matérias.

Terra - Então, não existiria nenhum projeto futuro...
Se existir uma idéia, ela será discutida pelo próximo governo. Pelos próximos governos. Ela será decidida pelo Congresso Nacional , porque é impossível você imaginar fazer uma coisa que discuta comunicação se você não passar pelo Congresso. Quando nós tomamos a decisão de fazer a Conferência da Comunicação - nós já fizemos conferências de tudo que você possa imaginar, até de segurança pública -, quando fizemos a Conferência de Comunicação, alguns setores das comunicações participaram, algumas tevês participaram, algumas empresas telefônicas participaram e muitos jornais participaram. Ela foi feita a nível municipal, a nível estadual e nível nacional. Determinados setores da imprensa não quiseram participar e começaram a achar que aquilo era antidemocrático, que aquilo era não sei das contas. Eu não sei qual é a preocupação que as pessoas têm de a sociedade discutir comunicação. Uma legislação que está regulamentada em 1962. Portanto, não tem nada a ver com a realidade que nós temos hoje, com os meios de comunicação que nós temos hoje. Com a agilidade da internet, por exemplo. Então, o que nós achamos é que o Brasil, independentemente de quem esteja na Presidência da República, vai ter que estabelecer o novo marco regulatório de telecomunicações desse País. Redefinir o papel da telecomunicação. E as pessoas, ao invés de ficarem contra, deveriam participar, ajudar a construir, porque será inexorável. Ninguém tinha a dimensão há 15 anos atrás do que seria a internet hoje. Ninguém tinha. Ninguém tem a dimensão ainda do que pode ser a TV digital. E a pluralidade que ela pode permitir de utilização dos canais de televisão. Então, discutir isso é uma necessidade da nação brasileira. Uma necessidade dos empresários, dos especialistas, dos jornalistas, ou seja de todo o mundo para ver se a gente se coloca de acordo com o que nós queremos de telecomunicações para o futuro do País.

Terra - Como essa discussão quase sempre se dá em meio a campanha, a gente não tem a oportunidade de falar assim tão claramente. O que mais incomoda o senhor: é a cobertura (ser) crítica de um lado e não existir a investigação sobre os demais candidatos? Seria isso?
Não, não. Veja, Bob você me conhece há muito tempo e sabe o que eu tenho afirmado. Só existe uma possibilidade no meu governo de alguém não ser investigado. É não cometer erro. Se cometer erro, tem de ser investigado. Isso vale para todo mundo. Agora, eu acho que a imprensa presta um papel importante.

Terra - O senhor está dizendo que ela é desequilibrada? Só está cobrindo um lado e não está cobrindo...
É que eu acho que a imprensa está cumprindo um papel importante quando ela denuncia. Por que? Ou você sabe porque alguém denunciou, ou você sabe porque alguém cobriu ou você sabe porque saiu na imprensa. Quando sai alguma coisa na imprensa você vai atrás. Você vai, então, apurar. De tudo aquilo que é uma feijoada, o que é feijão, o que é carne, o que é costela, o que é carne seca. Você vai separar as coisas para saber o peso de cada uma. E é exatamente o que a gente faz nesse governo. Ou seja, eu vou te dar um exemplo, sem citar jornal. Na campanha passada, os caras diziam, "porque o avião do Lula...", porque o Aerolula... Passando para a sociedade, disseminando umas bobagens, vai despolitizando a sociedade. Agora, estão dizendo que a TV pública é a TV do Lula. Nunca disseram que a TV pública de São Paulo é do governador de São Paulo e as outras são dos outros governadores. Agora, uma TV para um presidente que está terminando o mandato daqui a três meses, é a TV Lula. Ou seja, esse carregamento de...composto de ...de muita ...de muita, eu diria, de muito preconceito ou de muita até, eu diria até, às vezes, ódio, demonstra o que? O velho Frias (Octavio Frias de Oliveira, publisher da Folha, falecido em abril de 2007) me dizia: "Lula, o pessoal do andar de cima não vai permitir você subir lá...". Quem me dizia isso era o velho Frias repetidas vezes: "Lula, cuidado, o pessoal do andar de cima não vai permitir você chegar naquele andar...". Sabe? Então, o pessoal se comporta como se o pessoal da Senzala tivesse chegando à Casa Grande. E ficam transmitindo uma coisa absurda. Nesse momento do Brasil, falar em falta de liberdade de comunicação....? Nesse momento do Brasil! Eu duvido, duvido. Eu quero até que vocês coloquem em negrito isso aqui: Eu duvido que exista um país na face da Terra com mais liberdade de comunicação do que neste País, da parte do governo. Agora, a verdade é que nós temos nove ou dez famílias que dominam toda a comunicação desse País. A verdade é essa. A verdade é que você viaja pelo Brasil e você tem duas ou três famílias que são donas dos canais de televisão. E os mesmos são donos das rádios e os mesmos são donos dos jornais...

Terra - Nos municípios, isto tem uma capilaridade: o chefe político tal...
Então, muita gente não gostou quando, no governo, nós pegamos o dinheiro da publicidade e dividimos para o Brasil inteiro. Hoje, o jornalzinho do interior recebe uma parcela da publicidade do governo. Nós fazemos propaganda regional e a televisão regional recebe um pouco de dinheiro do governo. Quando nós distribuímos o dinheiro da cultura, por que só o eixo Rio-São Paulo e não Roraima, e não o Amazonas, e não o Pernambuco, e não o Ceará receber um pouquinho? Então, os homens da Casa Grande não gostam que isso aconteça.

Terra - A propósito de "Casa Grande", sociologia etc..., na semana passada um importante sociólogo, Fernando Henrique Cardoso, evocou Mussolini ao se referir ao senhor como chefe de uma facção. Chegando ao final desses 16 anos (governos FHC e Lula), o senhor acha que ainda existe...
Eu acho que, sinceramente, as pessoas deveriam olhar para o Brasil e olhar para os outros países. E todo o mundo deveria agradecer a Deus o Brasil ser do jeito que ele é, o Brasil ter o governo que ele tem e ter o povo que tem. Eu lembro que o João Roberto Marinho, quando voltou da eleição do México passada, numa conversa que teve comigo falou: "Ô presidente, eu estava no México e foi de lá que eu aprendi a valorizar a democracia no Brasil. Porque, aqui no Brasil, todo mundo acata o resultado. Lá no México, eu vi um milhão de pessoas na rua contra o resultado eleitoral". Ou seja, aqui no Brasil nós não corremos esse risco. Porque esse País tem um outro jeito de exercitar a democracia. E a democracia ela só será exercitada - vocês estão lembrados que eu dizia quando era líder sindical ainda -, democracia não é o povo ter o direito de gritar que está com fome, democracia é o povo ter direito de comer. Nós estamos chegando lá, estamos chegando lá, então as pessoas, sabe, que talvez tenham problemas ideológicos, problemas de preconceito, ou seja, que não admite que...meus queridos, vejam o que vai acontecer amanhã, sexta-feira; a Bovespa, que tinha ódio de mim, e quando tinha medo de mim ela tinha apenas 11 mil pontos, hoje já chegou a 72 (mil pontos), já chegou a 68 (mil pontos). Ou seja, acima dos 60 mil pontos. E vai exatamente um presidente da República, que tanta gente tinha medo, fazer a maior capitalização da história da humanidade. Ouso dizer: nunca antes na história do planeta Terra houve uma capitalização da magnitude do que vai acontecer na sexta-feira, sabe, com a minha presença.

Terra - E isso lhe dá um prazer especial?
Me dá. Me dá um prazer especial porque é um sucesso do Brasil, é um sucesso da Petrobrás, é um sucesso do investimento em tecnologia, é um sucesso de acreditar neste País. Mas na verdade é o sucesso da ascensão do Brasil no mundo. Ou seja, quem acompanha a imprensa internacional percebe que hoje nós ocupamos na imprensa internacional num mês aquilo que a gente não ocupava em três décadas, há pouco tempo atrás. Porque no Brasil, as pessoas precisam aprender uma coisa: ninguém respeita quem não se respeita. E muita gente do Brasil costumava chegar nos Estados Unidos ou na Europa de cabeça baixa, se achando um ser inferior.

Terra - Tirava o sapato...
É. Eu, quando eu tomei posse, disse para os meus meninos: se alguém tirar o sapato, se eu souber, porque também não vou, não estou com eles, mas também se chegar lá para tirar o sapato é melhor vir embora. Porque eu mando embora. A única coisa que eu acho que vai acontecer lá é o seguinte: o Brasil vai sair mais honrado deste processo, o Brasil vai sair mais forte e não vai ser o Lula que vai ganhar, o Lula está fora disso em dezembro, meu filho.

Terra - O senhor está se referindo a isso por causa da pergunta, Mussolini...?
É, por causa disso, ou seja, eles confundem populismo com popular. Eles não sabem o que é popular porque eles nunca tiveram perto do povo. Essa gente, essa gente que não gosta de mim, na época das eleições até sorri pros pobres, até fazem promessa pros pobres, mas depois das eleições... o pobre passa perto deles um quilômetro. Então, sabe, isso é uma confusão maluca entre o populismo e o popular. O que é o populismo? É um cara, sabe, que não tem nada a ver com ninguém e aparece fazendo promessas, aparece fazendo política demagógica. Não é o nosso caso. Todas as políticas minhas são decididas, Bob... Já foram 72 conferências nacionais, conferências que começam lá no município, vai para o Estado e vem pra cá. Algumas conferências participaram 300 mil pessoas até chegar na conferência nacional. E aí nos decidimos as políticas públicas. Então eles...obviamente eu acho que tem muita gente incomodada e eu não tenho culpa, eu não tenho culpa. Sabe, tirar deles incomodou muita gente no Brasil. A Coroa Portuguesa durante muito tempo ficou incomodada por conta daqueles que diziam que era preciso mudar. Ficaram incomodados até com Dom Pedro quando ele quis mudar. Por que não ficar comigo?

Terra - O Brasil mudou e eu faço a seguinte pergunta, quer dizer, a política brasileira mudou? O senhor antigamente falava muito em reforma política, que era uma das bandeiras e hoje a gente vê os partidos enfraquecidos. Como o senhor avalia hoje a política, a necessidade da reforma política e um adendo: em uma viagem ao Pará, nas vésperas da eleição passada, em um vôo o senhor disse na entrevista que uma das suas primeiras medidas que o senhor tentaria seria a reforma política. Por quê não saiu? Por que é tão difícil de fazer?
Porque a reforma política não é uma coisa do presidente da República. A reforma política é uma coisa dos partidos políticos. E do jeito que os partidos se comportam parece que a gente tem um monte de partidos , todos criticando, sabe, a legislação que regulamenta a política no Brasil. Todo mundo quer uma reforma política, mas ninguém mexe. Porque desagrada a muita gente. Então, veja, eu mandei duas propostas de reforma, de coisas que precisariam mudar para poder melhorar a política brasileira e que não foi votado. Nós mandamos, por exemplo, a regulamentação do financiamento de campanha, para acabar com o financiamento privado e ficar com financiamento público, que na minha opinião é a forma mais honesta de se fazer campanha neste País, a fidelidade partidária... porque o que é o ideal? É você ter partido forte para você negociar com partido. Isso faz parte da democracia. Quando você faz coalizão com partido político você estabelece regras nesta coalizão, você partilha um poder com essa coalizão. Agora, do jeito que está é quase que impossível, porque a direção dos partidos não representa mais os partidos. O líder da bancada não representa mais a bancada, ou seja se criou grupos de deputados, grupos por região, grupos...ou seja, e está muito difícil para eles próprios...então, o que eu acho? Quando eu deixar a presidência, eu quero, primeiro dentro do PT, convencer o PT da necessidade de fazer uma reforma política, convencer os partidos da base aliada do governo da necessidade de se fazer uma reforma política neste País pra que a gente não fique com legenda de aluguel, como nós temos agora.

Terra - Na semana passada, o Lembo disse até naquela entrevista, primeiro que a oposição vai estar em frangalhos nas urnas e ele é do DEM, e que na verdade não vão existir praticamente partidos, só o movimento social e que seria liderado pelo senhor. O senhor concorda?
Eu não concordo porque eu não sou líder do movimento social, eu sou um dirigente partidário. O movimento social tem suas lideranças próprias. Agora, eu acho que...eu não concordo com o Lembo que não tenha partido político, o PT é um grande partido político. Nas pesquisas da opinião pública, o PT aparece com 30% de preferência em qualquer pesquisa que se faça. Demonstração de que isso é um partido, sabe, como poucas vezes no mundo você teve um partido assim, você teve um PRI, um partido comunista mexicano que era extremamente forte e aí sim era populismo, você tinha um partido comunista italiano que tinha 30% dos votos e que era um baita de um partido na Itália, embora nunca tenha chegado no poder, você tinha a social democracia que revezava o poder em uma parte da Europa, os socialistas franceses que revezavam. E você tem no Brasil o PT que é um partido organizado nacionalmente e muito forte. Agora, eu acho que as reformas, elas se darão por dentro dos partidos políticos, dentro do Congresso Nacional. E ela se dará porque nós não precisamos ter uma legenda que aluga na época da eleição, que tem horário de televisão...

Terra - Tiririca é um símbolo disso?
Veja, eu acho...eu não sou contra...

Terra - Como representação, não é demonizando...
Ele tem um partido, ele pode ser filiado no partido como qualquer outra pessoa. Deixa eu lhe falar... o Tiririca é um cidadão que representa uma parcela da sociedade brasileira.

Terra - Mas um voto de protesto...
Eu não sei se é voto de protesto, ele pode surpreender, sabe...eu acho legal o Romário estar entrando na política, acho legal o Bebeto estar entrando na política, o Marcelinho...porque, veja, a política antigamente o que era? Antigamente a política era advogado, professor, funcionário público e empresário. Ora, se você tem jogador de futebol, você tem movimento indígena, você tem...todo mundo tem que se apresentar e o Congresso estará melhor representado . Se eles trabalharem corretamente, serão valorizados. Se as pessoas não trabalharem corretamente, no próximo mandato cairão fora como já provou a história da humanidade e aqui neste País. Então, eu estou tranquilo com relação à necessidade da reforma política, ou seja, a cada dia uma pessoa só cria um partido político. Agora, na época da eleição você precisa normatizar quem é que participa do que, porque quando nós fomos criados em 80 nós tínhamos que legalizar o partido em 15 Estados e dentro de cada Estado em 20% dos municípios. Era um trabalho imenso e ter 3% de voto, sabe, para governo em 82. Não foi fácil chegar e nós fizemos. Então é preciso criar parâmetros para as pessoas organizarem. Você não pode, ou seja, você não tem um partido político, daqui a pouco os deputados são eleitos por um partido tal, antes de tomar posse, já mudaram de partido. Ou seja, você fez uma negociação com o partido que tinha 20 deputados, daqui a pouco esse partido tem 10 e a negociação está feita. Como é que fica?

Terra - Presidente, que PT é esse que neste momento da política brasileira sairá das urnas? E, segunda pergunta, onde o PT, que teve momentos de altos e baixos acentuados durante o seu mandato, onde acertou e onde errou?
Primeiro, o PT tem pouca ingerência no governo, sabe. Quando você ganha um governo, você governa, e na minha o partido tem até liberdade de em vários momentos não concordar com o governo e até fazer oposição ao governo, criticar o governo, sabe? Nós perdemos muita gente que foi do PT porque não concordou com a reforma da previdência do setor público que nós começamos a fazer em 2003. Isso faz parte também da história política do mundo inteiro. Foi assim no partido socialista francês, no alemão, no sueco, no partido democrata americano, acontece em todos os partidos políticos. Eu acho que o PT deu uma ajuda muito grande agora quando aceitou a indicação da ministra Dilma como presidente, ou seja, havia quem dissesse que o PT queria criar caso, que o PT queria uma liderança histórica, alguém com mais vínculo, e o PT aceitou tranquilamente a Dilma e eu acho que PT tomou a decisão madura e coerente, sabendo a minha relação com o PT e o peso do governo na decisão do processo eleitoral. Eu acho que foi uma decisão madura e, obviamente que, muitas vezes aceitando aquilo que a gente fazia no governo. Porque, qual é o problema do governo? Quando você chega no governo, você não participa mais da decisão de um partido. Eu, faz oito anos, sete anos, que eu não vou numa reunião do partido. Porque eu tomei como decisão de que, ao ser eleito presidente da República, eu não poderia governar para o PT, eu não poderia enxergar o mundo apenas pelo PT, eu tenho que enxergar o mundo pela pluralidade da política brasileira e da sociedade brasileira. Então, eu estabeleci uma forte relação com os trabalhadores, é verdade. Mas estabeleci também uma forte relação com os empresários, estabeleci uma relação muito forte com os setores médios da sociedade, porque é isso que é a sociedade brasileira. Ela não é apenas, sabe, vermelha ou azul ou verde. Ela é muito mais colorida do que tudo isso e o presidente da República tem que ficar com uma espécie de magistrado. Agora, quando chega época de eleição não é possível o presidente da República ficar como magistrado porque eu tenho um lado. Eu tenho um partido e tenho candidato.

Terra - O senhor tem sido muito cobrado por estar interferindo na eleição....
Deveria ser, deveria ser cobrado quem perdeu. Quem não conseguiu fazer o sucessor, porque o sucessor é uma das prioridades de qualquer governo para dar continuidade a um programa que você acredita que vai acontecer. Imagina se entra no Brasil para governar alguém que resolve querer voltar e privatizar a Petrobrás? (pausa) Onde vai o pré-sal? Ou alguém que resolva não mudar a lei e permitir que a lei do petróleo continue a mesma? A gente sabendo...o contrato de risco é quando a gente corre riscos. Mas quando a gente sabe onde tá bichinho do ouro preto, por que a gente vai fazer contrato de risco? Então, nós temos que se apoderar desta riqueza a bem do povo brasileiro, é um patrimônio do povo, não é um patrimônio da Petrobrás. Então, nós temos medo de que este País sofra um retrocesso. Por isso que eu tenho candidato. Seria inexplicável para a sociedade se eu entrasse numa redoma de vidro e falasse: olha, aconteça o que acontecer nas eleições, o presidente da República não pode dar palpite. Mas nem para escolher o Papa acontece isso.

Terra - Presidente, essas eleições já estão definidas?
Olha, nunca existe eleição decidida. Eu sempre acho que eleições e mineração a gente só sabe disso depois do resultado. Abriu a urna, agora não tem urna para abrir...

Terra - Mas tem o negócio de identidade (carteira de identidade) que pode complicar...
Olha, teria problema de identidade se você não tivesse elevado 36 milhões de pessoas da classe C. Esse povo agora está comprando, esse povo está entrando na loja, está fazendo crédito esse povo tem documento, fotografia... O que eu acho extremamente importante é que nesse processo eleitoral, a gente precisa primeiro ter muita cautela. Esse é o momento de um time que está ganhando de dois a zero. O adversário está dando botinada, está chutando no peito, está chutando na canela, o juiz não está apitando falta e nós não podemos perder a cabeça, porque o que eles querem é expulsar alguém do nosso time, para a gente ficar em minoria. Então, agora é muita cautela, vamos fazer troca de passes entre nós, vamos fazer a bola correr. Como dizia o Parreira, quando estava dirigindo o Corinthians, nós vamos ficar dominando a bola, ou seja, o tempo que a gente estiver com a bola é o tempo que a gente não toma gol.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Leandro Fortes: Verônica Serra expôs 60 milhões de brasileiros

10 de setembro de 2010 às 19:31
Leandro Fortes: Verônica Serra expôs 60 milhões de brasileiros

Sinais Trocados

por Leandro Fortes, na CartaCapital

Extinta empresa de Verônica Serra expôs os dados bancários de 60 milhões de brasileiros obtidos em acordo questionável com o governo FHC

Em 30 de janeiro de 2001, o peemedebista Michel Temer, então presidente da Câmara dos Deputados, enviou um ofício ao Banco Central, comandado à época pelo economista Armínio Fraga. Queria explicações sobre um caso escabroso. Naquele mesmo mês, por cerca de 20 dias, os dados de quase 60 milhões de correntistas brasileiros haviam ficado expostos à visitação pública na internet, no que é, provavelmente uma das maiores quebras de sigilo bancário da história do País. O site responsável pelo crime, filial brasileira de uma empresa argentina, se chamava Decidir.com e, curiosamente, tinha registro em Miami, nos Estados Unidos, em nome de seis sócios. Dois deles eram empresárias brasileiras: Verônica Allende Serra e Verônica Dantas Rodenburg.

Ironia do destino, a advogada Verônica Serra, 41 anos, é hoje a principal estrela da campanha política do pai, José Serra, justamente por ser vítima de uma ainda mal explicada quebra de sigilo fiscal cometida por funcionários da Receita Federal. A violação dos dados de Verônica tem sido extensamente explorada na campanha eleitoral. Serra acusou diretamente Dilma Rousseff de responsabilidade pelo crime, embora tenha abrandado o discurso nos últimos dias.

Naquele começo de 2001, ainda durante o segundo mandato do presidente FHC, Temer não haveria de receber uma reposta de Fraga. Esta, se enviada algum dia, nunca foi registrada no protocolo da presidência da Casa. O deputado deixou o cargo menos de um mês depois de enviar o ofício ao Banco Central e foi sucedido pelo tucano Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, hoje candidato ao Senado. Passados nove anos, o hoje candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff garante que nunca mais teve qualquer informação sobre o assunto, nem do Banco Central nem de autoridade federal alguma. Nem ele nem ninguém.

Graças à leniência do governo FHC e à então boa vontade da mídia, que não enxergou, como agora, nenhum indício de um grave atentado contra os direitos dos cidadãos, a história ficou reduzida a um escândalo de emissão de cheques sem fundos por parte de deputados federais.

Temer decidiu chamar o Banco Central às falas no mesmo dia em que uma matéria da Folha de São Paulo informava que, graças ao passe livre do Decidir.com, era possível a qualquer um acessar não só os dados bancários de todos os brasileiros com conta corrente ativa, mas também o Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), a chamada “lista negra”do BC. Com base nessa facilidade, o jornal paulistano acessou os dados bancários de 692 autoridades brasileiras e se concentrou na existência de 18 deputados enrolados com cheques sem fundos, posteriormente constrangidos pela exposição pública de suas mazelas financeiras.

Entre esses parlamentares despontava o deputado Severino Cavalcanti, então do PPB (atual PP) de Pernambuco, que acabaria por se tornar presidente da Câmara dos Deputados, em 2005, com o apoio da oposição comandada pelo PSDB e pelo ex-PFL (atual DEM). Os congressistas expostos pela reportagem pertenciam a partidos diversos: um do PL, um do PPB, dois do PT, três do PFL, cinco do PSDB e seis do PMDB. Desses, apenas três permanecem com mandato na Câmara, Paulo Rocha (PT-PA), Gervásio Silva (DEM-SC) e Aníbal Gomes (PMDB-CE). Por conta da campanha eleitoral, CartaCapital conseguiu contato com apenas um deles, Paulo Rocha. Via assessoria de imprensa, ele informou apenas não se lembrar de ter entrado ou não com alguma ação judicial contra a Decidir.com por causa da quebra de sigilo bancário.

Na época do ocorrido, a reportagem da Folha ignorou a presença societária na Decidir.com tanto de Verônica Serra, filha do candidato tucano, como de Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity. Verônica D. e o irmão Dantas foram indiciados, em 2008, pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal, por crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, formação de quadrilha, gestão fraudulenta de instituição financeira e empréstimo vedado. Verônica também é investigada por participação no suborno a um delegado federal que resultou na condenação do irmão a dez anos de cadeia. E também por irregularidades cometidas pelo Opportunity Fund: nos anos 90, à revelia das leis brasileiras, o fundo operava dinheiro de nacionais no exterior por meio de uma facilidade criada pelo BC chamada Anexo IV e dirigida apenas a estrangeiros.

A forma como a empresa das duas Verônicas conseguiu acesso aos dados de milhões de correntistas brasileiros, feita a partir de um convênio com o Banco do Brasil, sob a presidência do tucano Paolo Zaghen, é fruto de uma negociação nebulosa. A Decidir.com não existe mais no Brasil desde março de 2002, quando foi tornada inativa em Miami, e a dupla tem se recusado, sistematicamente, a sequer admitir que fossem sócias, apesar das evidências documentais a respeito. À época, uma funcionária do site, Cíntia Yamamoto, disse ao jornal que a Decidir.com dedicava-se a orientar o comércio sobre a inadimplência de pessoas físicas e jurídicas, nos moldes da Serasa, empresa criada por bancos em 1968. Uma “falha”no sistema teria deixado os dados abertos ao público. Para acessá-los, bastava digitar o nome completo dos correntistas.

A informação dada por Yamamoto não era, porém, verdadeira. O site da Decidir.com, da forma como foi criado em Miami, tinha o seguinte aviso para potenciais clientes interessados em participar de negócios no Brasil: “encontre em nossa base de licitações a oportunidade certa para se tornar um fornecedor do Estado”. Era, por assim dizer, um balcão facilitador montado nos Estados Unidos que tinha como sócias a filha do então ministro da Saúde, titular de uma pasta recheada de pesadas licitações, e a irmã de um banqueiro que havia participado ativamente das privatizações do governo FHC.

A ação do Decidir.com é crime de quebra de sigilo fiscal. O uso do CCF do Banco Central é disciplinado pela Resolução 1.682 do Conselho Monetário Nacional, de 31 de janeiro de 1990, que proíbe divulgação de dados a terceiros. A divulgação das informações também é caracterizada como quebra de sigilo bancário pela Lei n˚ 4.595, de 1964. O Banco Central deveria ter instaurado um processo administrativo para averiguar os termos do convênio feito entre a Decidir.com e o Banco do Brasil, pois a empresa não era uma entidade de defesa do crédito, mas de promoção de concorrência. As duas também deveriam ter sido alvo de uma investigação da polícia federal, mas nada disso ocorreu. O ministro da Justiça de então era José Gregori, atual tesoureiro da campanha de Serra.

A inércia do Ministério da Justiça, no caso, pode ser explicada pelas circunstâncias políticas do período. A Polícia Federal era comandada por um tucano de carteirinha, o delgado Agílio Monteiro Filho, que chegou a se candidatar, sem sucesso, à Câmara dos Deputados em 2002, pelo PSDB. A vida de Serra e de outros integrantes do partido, entre os quais o presidente Fernando Henrique, estava razoavelmente bagunçada por conta de outra investigação, relativa ao caso do chamado Dossiê Cayman, uma papelada falsa, forjada por uma quadrilha de brasileiros em Miami, que insinuava a existência de uma conta tucana clandestina no Caribe para guardar dinheiro supostamente desviado das privatizações. Portanto, uma nova investigação a envolver Serra, ainda mais com a família de Dantas a reboque, seria politicamente um desastre para quem pretendia, no ano seguinte, se candidatar à Presidência. A morte súbita do caso, sem que nenhuma autoridade federal tivesse se animado a investigar a monumental quebra de sigilo bancário não chega a ser, por isso, um mistério insondável.

Além de Temer, apenas outro parlamentar, o ex-deputado bispo Wanderval, que pertencia ao PL de São Paulo, se interessou pelo assunto. Em fevereiro de 2001, ele encaminhou um requerimento de informações ao então ministro da Fazenda, Pedro Malan, no qual solicitava providências a respeito do vazamento de informações bancárias promovido pela Decidir.com. Fora da política desde 2006, o bispo não foi encontrado por CartaCapital para informar se houve resposta. Também procurada, a assessoria do Banco Central não deu qualquer informação oficial sobre as razões de o órgão não ter tomado medidas administrativas e judiciais quando soube da quebra de sigilo bancário.

Fundada em 5 de março de 2000, a Decidir.com foi registrada na Divisão de Corporações do estado da Flórida, com endereço em um prédio comercial da elegante Brickell Avenue, em Miami. Tratava-se da subsidiária americana de uma empresa de mesmo nome criada na Argentina, mas também com filiais no Chile (onde Verônica Serra nasceu, em 1969, quando o pai estava exilado), México, Venezuela e Brasil. A diretoria-executiva registrada em Miami era composta, além de Verônica Serra, por Verônica Dantas, do Oportunity, Brian Kim, do Citibank, e por mais três sócios da Decidir.com da Argentina, Guy Nevo, Esteban Nofal e Esteban Brenman. À época, o Citi era o grande fiador dos negócios de Dantas mundo afora. Segundo informação das autoridades dos Estados Unidos, a empresa fechou dois anos depois, em 5 de março de 2002. Manteve-se apenas em Buenos Aires, mas com um novo slogan: “com os nossos serviços você poderá concretizar negócios seguros, evitando riscos desnecessários”.

Quando se associou a Verônica D. Na Decidir.com, em 2000, Verônica S. era diretora para a América Latina da companhia de investimentos International Real Returns (IRR), de Nova York, que administrava uma carteira de negócios de 660 bilhões de dólares. Advogada formada pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Harvard, nos EUA, Verônica S. Também se tornou conselheira de uma série de companhias dedicadas ao comércio digital na América Latina, entre elas a Patagon.com, Chinook.com, TokenZone.com, Gemelo.com, Edgix, BB2W, Latinarte.com, Movilogic e Endeavor Brasil. Entre 1997 e 1998, havia sido vice-presidente da Leucadia National Corporation, uma companhia de investimentos de 3 bilhões de dólares especializada nos mercados da América Latina, Ásia e Europa. Também foi funcionária do Goldman Sachs, em Nova York.

Verônica S. ainda era sócia do pai na ACP – Análise da Conjuntura Econômica e Perspectivas Ltda, fundada em 1993. A empresa funcionava em um escritório no bairro da Vila Madalena, em São Paulo, cujo proprietário era o cunhado do candidato tucano, Gregório Marin Preciado, ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), nomeado quando Serra era secretário de Planejamento do governo de São Paulo, em 1993. Preciado obteve uma redução de dívida no Banco do Brasil de 448 milhões de reais para irrisórios 4,1 milhões de reais no governo FHC, quando Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-arrecadador de campanha de Serra, era diretor da área internacional do BB e articulava as privatizações.

Por coincidência, as relações de Verônica S. com a Decidir.com e a ACP fazem parte do livro Os Porões da Privataria, a ser lançado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. Em 2011.

De acordo com o texto de Ribeiro Jr., a Decidir.com foi basicamente financiada, no Brasil, pelo Banco Opportunity com um capital de 5 milhões de dólares. Em seguida, transferiu-se, com o nome de Decidir International Limited, para o escritório do Ctco Building, em Road Town, Ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas, famoso paraíso fiscal no Caribe. De lá, afirma o jornalista, a Decidir.com internalizou 10 milhões de reais em ações da empresa no Brasil, que funcionava no escritório da própria Verônica S. A essas empresas deslocadas para vários lugares, mas sempre com o mesmo nome, o repórter apelida, no livro, de “empresas-camaleão”.

Oficialmente, Verônica S. e Verônica D. abandonaram a Decidir.com em março de 2001 por conta do chamado “estouro da bolha” da internet – iniciado um ano antes, em 2000, quando elas se associaram em Miami. A saída de ambas da sociedade coincide, porém, com a operação abafa que se seguiu à notícia sobre a quebra de sigilo bancário dos brasileiros pela companhia. Em julho de 2008, logo depois da Operação Satiagraha, a filha de Serra chegou a divulgar uma nota oficial para tentar descolar o seu nome da irmã de Dantas. “Não conheço Verônica Dantas, nem pessoalmente, nem de vista, nem por telefone, nem por e-mail”, anunciou.

Segundo ela, a irmã do banqueiro nunca participou de nenhuma reunião de conselho da Decidir.com. Os encontros mensais ocorriam, em geral, em Buenos Aires. Verônica Serra garantiu que a xará foi apenas “indicada”pelo Consórcio Citibank Venture Capital (CVC)/Opportunity como representante no conselho de administração da empresa fundada em Miami. Ela também negou ter sido sócia da Decidir.com, mas apenas “representante”da IRR na empresa. Mas os documentos oficiais a desmentem.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Russia cuts meat imports from seven foreign companies | Russia | RIA Novosti

Russia cuts meat imports from seven foreign companies | Russia | RIA Novosti

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma 56%, Serra 21% - Eleições - iG

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma 56%, Serra 21% - Eleições - iG


Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma 56%, Serra 21%
Cientistas políticos afirmam que o caso da violação de sigilo da filha de José Serra (PSDB) não alterou a escolha do eleitor

iG São Paulo | 07/09/2010 17:02

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No sétimo dia das medições do tracking Vox Populi/Band/iG para a eleição presidencial, a petista Dilma Rousseff obteve 56% e o tucano José Serra 21% das intenções de voto. Em relação ao primeiro dia da medição, no dia 1 º de setembro, a petista oscilou positivamente cinco pontos percentuais. O candidato tucano teve oscilação negativa de quatro pontos percentuais. A margem de erro é de 2,2 pontos. No dia 1º de setembro, Dilma tinha 51% e Serra 25%.

A candidata Marina Silva (PV), terceira colocada, manteve-se com 8% das intenções de voto. Brancos e nulos são 4%, indecisos somam 10%, mesmo índice do levantamento do dia anterior, e os outros candidatos têm 1%.

A pesquisa, publicada diariamente pelo iG, ouve novos 500 eleitores a cada dia. A amostra é totalmente renovada a cada quatro dias, quando são totalizados 2.000 entrevistados.

Na pesquisa espontânea, quando o nome do candidato não é apresentado ao entrevistado, Dilma oscilou positivamente um ponto e tem 45%, Serra por sua vez oscilou negativamente e marca 16%, um ponto a menos que na sondagem anterior. Marina Silva manteve-se com 6%.

A petista apresentou melhora de três pontos da região Sudeste, onde tem 49%. Serra oscilou negativamente três pontos, para 22%. Na região Centro-Oeste/Norte, Dilma passou de 55% para 54%, enquanto Serra ficou estável em 25%. Na região Sul, Dilma oscilou de 53% para 51% e Serra, de 25% para 24%. No Nordeste, Dilma passou de 71% para 70% e Serra, de 15% para 16%.

Violação de sigilo não mudou escolha

De acordo com cientistas políticos ouvidos pelo iG, o movimento apresentado pelo tracking evidencia que a violação do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB e de Verônica Allende Serra, filha do presidenciável tucano, não interferiu na escolha do eleitor. “A Dilma ficou uma semana sob fogo cruzado, mas a crise (da quebra do sigilo) não colou na campanha”, afirma Marco Antônio Carvalho Teixeira, cientista político e pesquisador da PUC-SP e da Fundação Getúlio Vargas.

Para Murilo de Aragão, cientista político e presidente da Arko Advice Consultoria, “a maioria esmagadora dos eleitores já optou pela candidata do Lula e o episódio do sigilo, em que pese a gravidade do assunto, não teve repercussão para o eleitorado”. Segundo Aragão, os eleitores tendem a enxergar o mundo político como uma realidade à parte. E, por isso, o escândalo da violação do sigilo está distante do eleitorado.

“A tendência das eleições está dada”, afirmou o presidente da Arko Advice. Ele diz que desde o ano passado já esperava uma vitória da candidata petista no primeiro turno, mas a grande surpresa no processo eleitoral “é a tamanha vantagem da Dilma”. Com relação ao candidato tucano, Aragão vaticina: “Serra está perdido. Hoje ele é um passageiro da campanha”.

Ainda em relação ao escândalo do sigilo, Teixeira diz que “Serra deu um tiro no pé” ao atribuir a Dilma a quebra do sigilo e, logo no início, pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a impugnação da candidatura petista. “Ao negar o pedido, o TSE sinalizou que o problema pode ser do PT, mas não é da campanha da Dilma”, diz o cientista político. Segundo ele, os tucanos também caíram em uma saia justa com as denúncias, no Rio Grande do Sul, de que um sargento que atuava na Casa Militar responsável pela segurança da governadora Yeda Crusius (PSDB) teria acessado dados confidenciais do candidato Tarso Genro (PT).

Murilo de Aragão também busca no passado uma explicação. “A derrota de Serra começou a ser escrita oito anos atrás”. De acordo com ele, o PSDB não traçou uma estratégia para voltar ao poder. “O PSDB se organizou apenas em torno do prestígio dos seus cardeais e não soube explorar as falhas do governo Lula”, afirma. Segundo ele, as únicas ocasiões em que os tucanos tiveram alguma chance de ganhar eleições aconteceram em “episódios fortuitos”, como o mensalão.

O presidente da Arko Advice faz uma analogia para ilustrar em que situação está a disputa eleitoral. “Imagine uma luta de boxe. A Dilma está vencendo por seis a três e falta apenas um último assalto para terminar o embate. O que ela tem que fazer é evitar o choque. E o Serra só pode vencer por nocaute

Livro: QUEM PAGOU A CONTA? - SAUNDERS, FRANCES STONOR - HISTÓRIA

Livro: QUEM PAGOU A CONTA? - SAUNDERS, FRANCES STONOR - HISTÓRIA

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, ex presidente do BRASIL FOI COLABORADOR (agente) da CIA (central de inteligência americana /usa) afirma FRANCES STONOR SAUNDERS – londres / Movimento Verdade / são paulo « PALAVRAS, TODAS PALAVRAS

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, ex presidente do BRASIL FOI COLABORADOR (agente) da CIA (central de inteligência americana /usa) afirma FRANCES STONOR SAUNDERS – londres / Movimento Verdade / são paulo « PALAVRAS, TODAS PALAVRAS

domingo, 5 de setembro de 2010

A Campanha de Serra Prepara Baixaria Contra Dilma

A campanha de Serra, junto com o Globo, Estadão, Folha de São Paulo, Veja, preparam uma armação difamatória contra a Dilma Rousseff. Qual a maneira de desarmar essa armação:

Durante a disputa de Valdir Pires contra um candidato de ACM, tinha-se como certo, pois ACM apostava nisso, que ACM divulgaria fotos, filmes, comprometendo a virilidade de Valdir. De há muito que ele insinuava que Valdir era homossexual ( e parece não ser, pois já o vi com uma coroa bem mais nova, no maior clima de romance) e iria divulgar fotos de um bacanal de Valdir (um sósia) com homens. Que fez então os marketeiros de Valdir diante de tanta evidência: Antevendo essa possibilidade, que já estava na boca do povo, ele começaram a divulgar nos programas eleitoirais finais, que ACM preparava uma grande baixaria envolvendo fotos, montagem, armação etc. E quebrou o encanto, ACM não mostrou, se é que tinha, e perdeu a eleição. Penso que os marketeiros de Dilma devem ir preparando o povo para armações possíveis tipo: Divulgar coisas falsas do passado de Dilmas. Dossíês fabricados. Conluio da Mídia para levar a eleição para o segundo turno etc. Dessa maneira se desarma previamente essa armação, que com certeza acontecerá. A chamada é a seguinte: Ao povo brasileiro: A campanha de Serra, junto com a mídia que o apóia, prepara difamações, armações, envolvendo a candidata Dilma Rousseff. Estejam preparados para o clima de baixaria que pode acontecer nos últimos dias de campanha e que só pode ser evitado denunciando previamente.

Assinado.
Presidente Lula.

History of Russian-Ukrainian Relations | Opinion & analysis | RIA Novosti

RIA Novosti
History of Russian-Ukrainian Relations
http://en.rian.ru/analysis/20100902/160436957.html
12:48 02/09/2010
In the 9th-12th centuries, most of the Kievan Rus lands were part of the early feudal Russian State. The Kiev, Chernigov, Halych, Vladimir-Volhynia and other independent principalities emerged in Southwest Rus in the 12th century, and the Halych-Volhynian principality toward the end of the 12th century.

In the 9th-12th centuries, most of the Kievan Rus lands were part of the early feudal Russian State. The Kiev, Chernigov, Halych, Vladimir-Volhynia and other independent principalities emerged in Southwest Rus in the 12th century, and the Halych-Volhynian principality toward the end of the 12th century.

In the 14th century, Kievan Rus fell under the power of the Grand Duchy of Lithuania, Poland and other states.

In the 15th century, there were no interstate relations, in the modern understanding of the term, between Northeast Rus and Lithuania, which comprised Ukraine. There were contacts, however, which mainly consisted of the internecine tug-of-war between princes and Lithuanian parties for foreign political gains, as well as of ties of kinship between the princes.

The struggle against Polish-Lithuanian occupation culminated in 1648‑1654 in a liberation war of Ukrainians and Belarusians, led by Bohdan Khmelnitsky, which resulted in Ukraine joining Russia on decision of the Council of Pereyaslav. The Hetmanate (lands on the left bank of the Dnieper) was granted autonomy within Russia.

Opposed to the powerful Polish-Lithuanian Commonwealth, the Hetmanate had to seek third countries’ support. Negotiations with Muscovy proved the most successful of all. The Council of Pereyaslav, convened in 1654, asked the Tsar to take the Zaporozhian Host under his protectorate. Russian troops supported the Zaporozhian Hetman in compliance with a treaty known as the Deeds of Pereyaslav. Its essential provisions set out that Ukrainian lands within the Poltava, Kiev and Chernigov provinces, as well as a greater part of Volhynia and Podolia, were joining Muscovy under the name of Smaller Russia, which was bound to ally with Russia in wartime, while the Tsar pledged to protect Ukraine from aggression. Contemporaries and later historians differed in their opinion on the Deeds of Pereyaslav. It is generally acknowledged, however, that the treaty set a first legal division between Ukraine and the Polish-Lithuanian Commonwealth, and that Russia recognized Ukraine as an autonomous entity.

The Hetmans of right-bank Ukraine were at war with Russia in 1658‑1659. Despite Ukrainian attempts to get out from under Muscovite influence, Russia and the Commonwealth divided Ukraine between themselves according to the Treaty of Andrusovo, 1667, and the Eternal Peace Treaty of 1686. During the Great Northern War, Hetman Ivan Mazepa went over to the side of King Charles XII of Sweden, with which Russia was at war. He expected so-called “register Cossacks” (i.e. quasi-regular Cossack troops) to support him due to mounting dissatisfaction with Muscovy. However, Mazepa’s attempt to hand Ukraine over from Peter the Great to Charles XII was doomed to failure as it found no support with the Cossacks and the rest of the Ukrainian population.

South Ukraine was liberated from the Ottoman rule in the second half of the 18th century, and Russia incorporated Ukrainian lands along the right bank of the Dnieper at the end of the century. Ukraine enjoyed extensive autonomy within the Russian Empire for a greater part of the 18th century. Kirill Razumovsky was its last Hetman.

In November 1764, Empress Catherine the Great issued a decree abolishing the Hetmanate. The Zaporozhian Host shared its fate in 1775. Following the partitions of Poland in 1772-1795, the Hapsburgs overtook Galicia (or Halych), and the Russian Empire annexed the rest of Ukraine on the right bank of the Dnieper.
The Crimean Khanate was recognized as independent of all foreign rule following the Russo-Turkish War of 1768-1774, but in 1783 it became incorporated into Russia. During the reign of Alexander I (1801‑1825), the Russian presence was ensured by the army and civil administration. Centralized Russian administration spread all over Ukraine in the 1830s, during the reign of Nicholas I (1825‑1855). Even the word “Ukraine” disappeared from usage at the time. The left Dnieper bank was known as Smaller Russia, the right bank as Southwest Province, and South Ukraine as Nova Rossia. The Revolution of 1905 forced the Russian authorities to lift the ban on Ukrainian-language publications, and Prosvit public education societies were established. A Ukrainian group of about fifty members was established in the State Duma.

After the October 1917 Revolution, the Bolsheviks were defeated in Ukraine and in Cossack lands along the Kuban and Don rivers. The Ukrainian government began to set up local administrations, and was determined to incorporate all areas populated by ethnic Ukrainians. On November 7/20, 1917, the Ukrainian Central Rada (Council) announced the establishment of the Ukrainian People’s Republic, which comprised the Kiev, Chernigov, Poltava, Kharkov, Yekaterinoslav and Kherson provinces, Volhynia, Podolia and Tauria (Crimea). The Rada’s Decree No. 3 proclaimed the Ukrainian state although it talked about maintaining ties with Russia. Decree No. 4, of January 25, 1918, proclaimed Ukrainian independence and withdrawal from Russia. Independent Ukrainian statehood of 1917-1920 finished by Soviet Russia and Poland dividing Ukraine between themselves, while some Ukrainian territories were incorporated into Czechoslovakia and Romania.

The 1st Congress of Ukrainian Soviets in Kharkov, held in December 1917, established the Soviet government of the Ukrainian People’s Republic, which retained the name through November 1918. The government proclaimed Soviet Ukraine and asked the Moscow-based Bolshevik government for military assistance. The All-Ukraine Congress of Soviets, convened in Kiev in March 1919, adopted the Constitution of the “independent Ukrainian Soviet Socialist Republic.” Soviet Ukraine and Soviet Russia signed the Union Treaty of Workers and Peasants for Military and Economic Cooperation on December 28, 1920. It formalized Ukraine’s dependence on Russia. The treaty on the establishment of the Union of Soviet Socialist Republics (USSR) was concluded at the Congress of Soviets of the Ukrainian, Russian, Belarusian and Transcaucasian Soviet Socialist Republics on December 30, 1922.

As the Red Army defeated the Whites in the Crimea in October 1920, the peninsula was incorporated into the Russian Federation.

West Ukraine went over to Poland according to the Treaty of Riga of 1921. The USSR and Germany concluded their Treaty of Non-Aggression, better known as the Molotov-Ribbentrop Pact, on August 23, 1939. Its Secret Additional Protocol demarcated the Soviet and German spheres of influence in Eastern Europe.

The USSR invaded Poland to annex its eastern territories on September 17, 1939. Six regions were established in the new territories incorporated into Ukraine. Bessarabia was incorporated into Ukraine in November 1940.

The Trans-Carpathian Region was incorporated into Ukraine 1945. An executive order of the Presidium of the Supreme Council of the Russian Federation passed the Crimean Region to Ukraine in 1954 on the initiative of Nikita Khrushchev, the First Secretary of the CPSU Central Committee.

Ukraine adopted its Declaration of State Sovereignty on July 16, 1990, and the Act of Declaration of Independence on August 24, 1991.

On December 1, 1991, President Elect Leonid Kravchuk announced that Kiev was resolutely refusing to accept whatever Union Treaty, whether political or economic.

Ukraine and the Russian Federation established diplomatic ties on February 14, 1992. In May 1992, Kiev refused to sign the Collective Security Treaty of the CIS countries and participate in any CIS military alliance whatsoever.

In 1993, the Ukrainian leadership refused to go any further than associated membership and did not sign the agreement on the establishment of the Interstate Economic Council, the first CIS supranational agency. It also did not sign the CIS Charter, which boiled down to technical rejection of its membership in the CIS.

More contradictions arose in Russian-Ukrainian relations when Kiev came as one of the initiators and active members of the GUAM in 1997.

The middle of the first decade of the 21st century found Russian-Ukrainian relations in a profound crisis. Ukraine embarked on integration into Europe as the Orange coalition came to office. As Ukraine joined the World Trade Organization in 2008, it was principally a political step: to join it before Russia mattered more than membership proper.

So-called “gas clashes” of 1993, 2005-2006, 2007-2008 and 2008-2009 also impeded Russian-Ukrainian relations.

The signing of the Declaration on the Modernization of Ukraine’s Gas Transit System in Brussels by representatives of Ukraine, the European Commission and three transnational banks bypassing Russia was another reason for the deterioration of Russian-Ukrainian relations.

In 2009, Russian President Dmitry Medvedev forwarded a message to Ukrainian President Viktor Yushchenko, in which he expressed profound concern of the Russian leadership and public over the state and level of Russian-Ukrainian relations, primarily political, due to purposeful actions by the Ukrainian political leadership.

Active political dialogue between Russia and Ukraine began in 2010. The Kharkov agreements of April 2010 extend the lease of the Russian naval base in Sevastopol at least until 2042 and stipulate discount exports of Russian natural gas to Ukraine. In July 2010, the Ukrainian prime minister said that the government was conducting negotiations between Ukraine, the European Union and Russia to establish a gas transit consortium.

Basic documents of present-day Russian-Ukrainian relations are as follows: the Treaty of Friendship, Cooperation and Partnership of May 31, 1997 (automatically extended for another decade on October 1, 2008), the Program of Economic Cooperation between the Russian Federation and Ukraine for 2008-2010, and others.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Brasil viverá o "sonho americano", diz Trabuco

Brasil viverá o "sonho americano", diz Trabuco

Francine De Lorenzo | Valor

02/09/2010 14:43


SÃO PAULO - O Brasil passará nos próximos anos pelo melhor ciclo econômico de sua história, prevê o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi. "Vamos vivenciar, na segunda década do século XXI, aquilo que foi chamado de "sonho americano"", disse o executivo nesta quinta-feira ao palestrar em evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef).

Segundo Trabuco, ao transformar pobres em consumidores, o Brasil está criando as condições para alcançar tal cenário. "Basta lembrar que 11 milhões de brasileiros vão viajar pela primeira vez de avião nos próximos 12 meses", exemplificou.

O presidente do Bradesco, entretanto, lembrou que ao mesmo tempo em que o país presencia uma melhora nas condições de vida da população, enfrenta o desafio de resolver os gargalos que restringem sua expansão.

"Essas pessoas vão chegar aos aeroportos e encontrar filas. Esse é o descompasso que vemos hoje no Brasil, um país que cresce, mas ainda não promove o aumento da felicidade pessoal."

Pelos cálculos de Trabuco, quando o Brasil contabilizar 247 milhões de brasileiros, 60% da população será economicamente ativa. O bônus demográfico, em sua avaliação, é uma das grandes vantagens do país. "Se em dez anos não abrirmos 100 milhões de novas contas bancárias é porque alguma coisa deu errado", ressaltou.

A crise econômica, comentou o executivo, fez o mundo ver o Brasil com novos olhos. Dessa vez, avaliou Trabuco, o país terá a oportunidade de crescer com sustentabilidade. "O que sentimos, tendo por base nosso relacionamento com 1,4 milhão de empresas, é que o Brasil está crescendo em todos os setores. Não há uma dependência setorial."

No setor imobiliário, Trabuco descarta a existência de "bolha". "Com um crédito imobiliário de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), há muita distância até uma bolha", avaliou.

Seguros

Ao lembrar que o Brasil é a oitava economia do mundo, Trabuco chamou a atenção para o fato de que o país é o 18º na indústria de seguros. "Há um descompasso. O consumo médio per capta no Brasil de seguros não ultrapassa US$ 300 ao ano, enquanto nas maiores economias chega a quase US$ 2.000 anuais", afirmou.

O potencial de expansão do setor, segundo o presidente do Bradesco, é potencializado pelo modelo adotado no país, que mescla os serviços públicos com os privados. "Não dá para esperar que o Estado atenda a 100% das necessidades da população", comentou.

(Francine De Lorenzo | Valor)