Eu Quero A Menina

Eu Quero A Menina (Ruy Penalva) Só não viu foi quem não quis O perdão tergiversar Quando aquele monstro feiticeiro Tomou conta do lugar Chegou, pediu, minto, exigiu A mais linda virgem pra levar A mais atraente A mais comovente A mais sempre a mais dentre as mais Pegou a menina Levou a menina Roubou a menina, sumiu Ninguém soube dela Ninguém mais revela Ninguém disse ao menos um piu! Já depois muito depois Bem no céu apareceu Um grande cometa Talvez um planeta Eu sei uma estrela nasceu Eu quero a menina Me tragam a menina Eu quero a menina porque No fim novela Só eu gosto dela Só eu vou poder desfazer Tamanho encanto Dum forte quebrando Que um dia pôs tudo a perder Um grande momento Meu contentamento De um dia casar com você

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domingo, 29 de maio de 2011

O vírus HIV é um vírus burro

O HIV é um vírus burro, mata o hospedeiro; se não tivesse tratamento já teria desaparecido da Terra por falta de reservatório. O mesmo ocorre com o Ebola e outro vírus letais. Ou seja: vírus que sujam o prato que comem são burros. Quem mantém o HIV vivo hoje são os coqueteis para combatê-lo e salvar o hospedeiro, o que é perfeiteimente ético do ponto de vista humano, mas protegem o vírus e o mantém vivo na Terra.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Argina e Citrulina X Pressão Arterial


 Arginina e Citrulina


Os médicos em geral desconhecem os efeitos benéficos desses dois aminoácidos naturais vendidos como suplemento alimentar nos USA. A arginina é um precursor do ácido nítrico e com isso é uma fonte para o aumento do ácido nítrico corporal. O ácido nítrico, extremamente instável e rapidamente metabolizado, é um mediador importante da pressão arterial e da ereção peniana no homem. A citrulina é um precursor da arginina e como tal é uma fonte de ácido nítrico também. A melancia é rica em citrulina e é ótima para hipertensão arterial e consequentemente para os rins. Os fisiculturistas tomam esses dois aminoácidos para aumentar massa muscular. A arginina sozinha não controla a hipertensão arterial, mas é uma boa ajuda quando a vasoconstricção tem um papel importante.

Lauro de Freitas, 10/05/2010.

Ruy Penalva

Porque Osama Venceu Obama



 Osama conseguiu destruir um dos ícones do capitalismo americano: as Torre Gêmeas, e com isso deflagrou uma crise no capitalismo americano e mundial. O mundo não mais foi o mesmo, o derretimento do dólar tem a ver com os gastos com segurança que os USA adotaram depois do ataque.
Sob o ponto de vista militar o ataque foi um golpe de mestre. Vários comandos infiltrados e com taxa de sucesso acima de 75%. O ataque mostrou quão frágil foi a segurança interna americana até aquela data.
Osama não queria matar civis, se quisesse bastava jogar veneno numa represa. Ele queria sim destruir o símbolo do capitalismo: Torres Gêmeas e Pentágono.
As Torres Gêmeas possuíam um significado simbólico que não é desprezível: Uma torre querendo chegar ao céu e falando várias línguas - lembra muito a Torre de Babel. O Pentágono tem como símbolo uma mandala; ou seria a estrela de David?
Os USA gastaram desde então mais de 1.4 Tri de dólares com segurança. Isso enfraqueceu a economia americana que nunca mais se recuperou.
Osama vai ficar na história como um homem que desafiou o capitalismo americano, deixará por muitos anos seguidores, pode até se transformar num profeta. Obama não, será lembrado apenas como o primeiro presidente negro americano, o que não é pouco, mas também que não é muita coisa.
Se Deus existisse Osama seria acolhido no céu, mas Obama não. Osama deixou de lado todos os prazeres materiais, sua fortuna, para ser um wahhabista ortodoxo.
Os USA tem tanto medo do fantasma de Osama que ocultaram o cadáver depois de assassiná-lo desarmado.
Do ponto de vista de atrocidades Osama perde de dez para o USA, vide Vietnam e Hiroshima-Nagasaki.
A conclusão que chego é: Osama venceu. Que durma em paz.

Lauro de Freitas, 10/05/2011

Ruy Penalva

sábado, 7 de maio de 2011

Dona Aurinda e o Very Good


                                                         Dona  Aurinda  e o Very Good

        Dona Aurinda costumava contar uma anedota sobre um médico do interior que formou o filho em medicina, se aposentou, e lhe passou a clientela. O primeiro caso atendido pelo novo  doutor foi um paciente  do pai, que tinha úlcera no estômago; ou seria no duodeno?; que  o filho curou em 30 dias e foi recriminar o pai lhe dizendo:
-          Meu pai, eu curei o senhor fulano de tal em 30 dias e o senhor não conseguiu curá-lo durante uma vida. Ao que o pai lhe retrucou:
-          Mas se curasse todo paciente em 30 dias eu não tinha conseguido formá-lo…
        Conheci um mecânico que fazia a mesma coisa, ou algo mais elaborado: consertava uma coisa e quebrava outra, sem contar que dizia ter trocado várias peça do carro sem tê-lo feito, o nome dele é Aurélio.
        Antigamente, não havia e-mail, havia telegrama mesmo, pela ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Um telegrama demorava cerca de  5 a 7 dias para ser entregue, uma carta simples 15 dias, uma carta registrada demorava um mês. Se alguém precisasse algo mais rápido tinha de passar um telegrama pela Western Telegraph, uma empresa americana, que também operava serviços postais não subsidiados no Brasil. Era conhecido o termo “passei um Western” equivalente  ao  “mandei um sedex” de hoje.
        Brasileiro sempre tem um jeitinho, uma maneira de conseguir sobreviver. Em idos tempos, funcionário público ganhava mal e trabalhava  até muito, diferente de hoje que ganha até bem e não trabalha quase nada, tudo peixe, nada. O pessoal do ECT então ganhava péssimo, mas dava um jeitinho, principalmente o pessoal dos caixas que operava - dá uma vontade de escrever operavam - pessoal,  aquelas máquinas analógicas pré-históricas, barulhentas, decibelômetras, uma espécie de computador  à manivela. Somavam, registravam, carimbavam e a seguir abriam suas enormes gavetas para disponibilizar o troco. Ninguém tinha lesão por esforço repetitivo, coisa de tempos modernos. Lê tá com LER, lé com cré, dourada Creusa.
        Quando alguém era breve e conciso dizia-se que era telegráfico, tipo: Chego amanhã noite. Bjs Fulano; ao invés do: Querida, eu chego amanhã de noite, viu Bem! Bjs do seu Fulano de Tal. Ora, o telegrama era pago por números de palavras, que formavam faixas de preço. Quando alguém não era telegráfico, era prolixo, e saía sem pedir recibo, o agente postal editava o texto, tirava os artigos, as conjunções, as preposições, os excessos, e o telegrama caía de preço. No final do expediente toda sobra de caixa ia para o bolso do caixa e isso podia representar até uma fração razoável do salário baixo. Isso era o Very Good, provavelmente  homenagem a algum gringo VG. Esse verigud era um complemento absolutamente necessário no orçamento do funcionário, não dava mais pra viver sem ele. Numa repartição calorenta, sem conforto, com banheiros fedorentos, privadas infiltradas de óxido de ferro, só o verigud e a amizade dos colegas compensavam. Aqui e acolá chegava um matuto pobre querendo passar um telegrama e por pura pena o próprio funcionário redigia,  sem o verigud, claro. Mas nesse caso tinha a gorjeta do agradecido cliente, quase sempre.  Quando o cliente queria recibo aí não tinha verigud. Very Good era toda sobra de caixa, mas não raramente podia haver falta no caixa por algum troco errado, quando então se tornava Very Bad, presume-se. Com o VG se podia comprar nos pequenos mercados, comprar acarajé, pão, pois não havia essa fartura farta de hoje em dia, que exige muito dinheiro para viver. Na porta do cinema Guarany, depois Glauber Rocha, tinha uma baiana que vendia uns acarajés com camarões espetados que eram uma delícia. Se comprava com o quê? Com o verigud, claro.
       Tudo está bem quando termina bem e o VG parecia uma coisa que fluía; tinha a cumplicidade de todos, exceto a cumplicidade dos que não trabalhavam nos caixas e não tinham o verigud. Funcionário público se virava. Ora fazia um crediário num carnê, comprava na venda com caderneta. Ostra, sarnambi eram comida de pobre e se comia à vontade àquele tempo.  Também vez por outra os funcionários se complicavam nas mão de agiotas que emprestavam a 5% ao mês, metade do que cobram os bancos brasileiros de hoje sem inflação. Sempre havia um caixa para os endividados serem contemplados nas primeiras prestações e se torcer para que pagassem as últimas, mas a inadimplência não era tão alta, pois nesse intermezzo ele fazia outro caixa para pagar o caixa anterior, uma técnica que se chama bicicleta. Dona Aurinda foi a precursora  da expansão do crédito mundial com essa frase lapidar "Se Deus vender à prestação eu compro" quando perguntada pelo filho se ela lhe podia dar o mundo todo, pois ele não queria só um pedaço. Vejam que sapiência de Dona Aurinda: o problema não era o valor do bem, mas um valor de prestação que coubesse no seu orçamento, e esse é o princípio da teoria do crédito. Como disse Zaratrusta: "Caro é o que não tem preço". Tudo que tem preço é barato, pois é adquirível.
        Os tempos foram passando, o guri de Dona Aurinda foi crescendo, até que adquiriu certa independência econômica. Quando soube que ela ainda persistia no Very Good a aconselhou a deixar a prática, posto que ele podia muito bem suprir aquela fonte perene de recursos verigudescos.  Dona Aurinda deixou? Nada, continuou às escondidas até o dia que a coisa foi descoberta e Dona Aurinda se viu em palpos - dá vontade de escrever palcos - de aranha. Abriu-se um sindicância interna, funcionários foram demitidos e Dona Aurinda exilada para uma repartição de um bairro periférico, um espécie de Tártaro da mitologia grega. Foi pro Curuzu.
       - Não te disse, falou-lhe seu ex-guri, agora vou te dizer uma coisa que a senhora dizia pra mim: "Quem não ouve conselho, ouve coitado". Dona Aurinda fez um muxoxo.
       - Mas era tão bom...  disse Dona Aurinda. Lembra da estória do médico? Ajudou a te formar...
      O Very Good devia ser bom mesmo. Não tão bom quanto aquela brincadeira de balão-beijo que uma garota de Salvador tentou ensaiar com o filho de Dona Aurinda quando ele era ainda menino, e que ele recusou, embora estivesse morto de vontade de dar um beijo naquela assanhada que a terra se encarregou de destruir ainda muito cedo, muito bonita ainda, já agora casada, mas não mais disposta a brincar de balão-beijo com ele.
       Caros amigos, por mais que um coisa seja errada só se arrependam do que vocês não fizeram; o que fizeram é experiência que pode ser revivida e redeliciada. A vida é um filme cada dia mais modorrento no presente e mais incerto no futuro, só nos resta fazer um rebobinamento no rolo da memória e aqui e ali se lembrar do que valeu e do que não valeu. A terra comeu Dona Aurinda e um dia vai comer  o filho dela também - vixe - depois será  a vez de comer a quem está no aquém do além. A vida não é um Very Good in spite of a vida é um Very Uncertain.
      Todo balão se apaga, nem todo beijo afaga, mas não é por isso que você vai parar de beijar todo mundo que possa.


Lauro de Freitas, 22 de março de 2011.

Ruy Penalva

Os Grandes Nós da Economia Brasileira


Os Grandes Nós da Economia Brasileira



Todos sabemos da evolução da economia brasileira, principalmente nos últimos 8 anos, no entanto os grandes nós da economia e da sociedade brasileira como um todo continuam não resolvidos. Quais são esses nós?

Nó Educacional - Continuamos uma sociedade de baixa escolaridade tanto em qualidade como em quantidade. Padecemos de um ensino básico ruim, mormente o público, e de um ensino universitário que não privilegia a pesquisa básica e se limita a formar profissionais, mal formados por sinal, para o mercado. Cultivamos pouco o ensino das ciências exatas e não temos centros de excelência para onde possamos drenar gênios precoces em matemática e física. Solução: Não existe uma solução a curto prazo para o problema, mas uma solução de longo prazo é reformar totalmente o ensino privilegiando as ciências exatas. No curto prazo poderíamos importar cérebros do leste europeu, Índia e Rússia etc..

Nó Industrial - Temos uma indústria fraca, não competitiva, incapaz de concorrer no mercado internacional e de sequer prover o mercado interno. Isso é consequência, entre outras coisas, do nó educacional e de outros nós. Solução: Criar centros de excelência tecnológica importando cérebros de fora e mixando com a mão de obra local. Desonerar e incentivar a pesquisa básica e aplicada. Dominar ciclos completos de produção de produtos. Embora nunca vamos ser competitivos em eletrônica é importante que dominemos a tecnologia de fabricação de microprocessadores, componentes eletrônicos, chips controladores etc..

Nó Bélico - Nenhum país que queira ser grande e protagonista pode ter uma indústria bélica e uma forças armadas tão fraca quanto o Brasil. Precisamos implantar um pólo industrial bélico, acoplado ao pólo eletrônico, e desenvolver tecnologias sensíveis na área de radar, sensoriamento remoto, guerra eletrônica, criptografia, propulsão a jato, propulsão nuclear, geo-posicionamento, próprio ou latino americano, etc..

Nó Fiscal - O custo Brasil é muito alto, seja do ponto de vista trabalhista ou fiscal, o que torna o Brasil desestimulante para investimentos produtivos industriais. Com uma taxa de juros básica altíssima, que consome quase todo o superávit do governo, pouco sobra para investimentos. Solução: Baixar a taxa de juros básica de longo prazo e com isso baixar a carga fiscal altíssima para um país em desenvolvimento. Isso só pode ser feito com privatização, eficiência, desburocratização etc..

Nó Burocrático - O Brasil é um dos países mais burocráticos do mundo, que mais usa papeis, cartórios, registros, normas, procedimentos. Precisamos urgentemente desburocratizar, diminuir drasticamente o número de normas, procedimentos, acabar com cartórios, simplificar enfim. Sem isso continuaremos levando 6 meses para abrir uma empresa e uma vida para fechá-la. Ora, um  país em que se declara o imposto de renda pela internet, que vota pela internet,  precisa mesmo de um burocrata para reconhecer a firma de cada um!

Nó Trabalhista - Nossa legislação trabalhista é da época de Mussolini. Horrível. Custosa. Só serve para dar dinheiro a advogados e sustentar juízes bufões. O que fazer? Acabar com a justiça trabalhista de uma canetada só.

Nó da Justiça - Temos uma justiça cara, recursiva, incompetente, corrupta, que não serve aos interesses do país, na Bahia nem justiça temos. Ou se faz uma reforma profunda no judiciário, se diminui o número de instâncias, se acaba com o ministério público, que não serve para nada, se reserva o STF para questões apenas constitucionais ou estaremos para sempre perdidos e não alcançaremos os países realmente desenvolvidos. Precisamos aceitar provas obtidas sem o consentimento do judiciário com provas válidas para processar e prender corruptos.

Nó Previdenciário  - O nó previdenciário, embora nossa população esteja envelhecendo, é o mais fácil de resolver, pois o seu principal buraco é o do setor público.

Nó Político - No front político precisamos acabar com o voto obrigatório, acabar com remuneração para vereadores, diminuir número de parlamentares e assessores, fiscalizar mais os prefeitos, fonte eterna de corrupção e desvio de dinheiro público.

Nó Tributário - No Brasil a carga tributária total, incluindo governo central, estados e municípios chega a 35% do PIB, o que é muito alto para um país em desenvolvimento. Como a maior parte da carga se dá via impostos indiretos, incidentes no consumo, mesmo a economia informal não escapa desse abocanhamento. O corte da carga tributária passa pela redução do peso da dívida do setor público, pela eficiência na alocação dos recursos públicos, pelo combate a corrupção. Mesmo a sonegação não é tão importante num sistema onde os impostos indiretos tem  papel tão relevante, embora tenha alguma importância, que não é somente apenas ética.

Imposto diretos X Impostos indiretos - Embora se diga que Brasil cobre pouco imposto de renda e muito imposto indireto, essa discussão é caduca, posto que os impostos indiretos são mais justos, mais abrangentes, menos sonegáveis do que impostos diretos, que desestimulam o crescimento individual. O Brasil está certo no imposto, embora não na alíquota.

Custo da Energia e Água - Realmente o Brasil tem um custo altíssimo de energia  e água quando comparado com países que têm matrizes energéticas mais sujas do que a nossa. Parte da causa disso está nos impostos - ICMS principalmente - que cresce da geração, transmissão e distribuição.

Produtividade - A produtividade do trabalhador, ajudada por uma política trabalhista caduca, é baixa no Brasil. Enquanto os Mcdonalds dos USA quase que não têm funcionários, aqui no Brasil é lotado de trabalhador. O trabalhador brasileiro produz pouco no trabalho; para duas horas para almoçar; tem 30 dias de férias por ano (um escândalo, embora o judiciário tenha 3 meses), recebe 13º salário e até incentivo de 1/3 para parar nas férias!!!

Infra estrutura - Embora seja ainda um gargalo o governo resolveu agir concretamente. Contudo, com a extensão que temos, termos como principal via de escoamento o transporte rodoviário não faz sentido. Muito precisa ser feito ainda na área de saneamento.

Sindicalismo atrasado - O sindicalismo brasileiro se aliou ao atraso. Seja ele da CUT, Força Sindical e outros menores, estão do lado do atraso, do paternalismo, do getulismo, o mesmo vale para os partidos políticos.

Bom, esses de longe são os únicos nós que temos, mas que fossem concertados já seria uma ajuda enorme.

Ruy Penalva (07/05/2011)