Eu Quero A Menina

Eu Quero A Menina (Ruy Penalva) Só não viu foi quem não quis O perdão tergiversar Quando aquele monstro feiticeiro Tomou conta do lugar Chegou, pediu, minto, exigiu A mais linda virgem pra levar A mais atraente A mais comovente A mais sempre a mais dentre as mais Pegou a menina Levou a menina Roubou a menina, sumiu Ninguém soube dela Ninguém mais revela Ninguém disse ao menos um piu! Já depois muito depois Bem no céu apareceu Um grande cometa Talvez um planeta Eu sei uma estrela nasceu Eu quero a menina Me tragam a menina Eu quero a menina porque No fim novela Só eu gosto dela Só eu vou poder desfazer Tamanho encanto Dum forte quebrando Que um dia pôs tudo a perder Um grande momento Meu contentamento De um dia casar com você

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domingo, 30 de maio de 2010

Nada

Nada (Ruy Penalva)

Fragrante fragrância,
Ignominiosa ignorância.
Deturpada a mente.
Violada a mente.

Não queira saber como sofre o besouro
Quando encontra uma lâmpada incandescente.

Nem como fica o neurótico
Ordenhado sua dor seminalmente.

Ou o pobre mendigo
Cuja sarna locou seu corpo tão completamente.

Se eu me desfizesse,
Se me desmilinguisse,
Se me subtraísse
Onde eu não somasse,
Eu chegaria ao ponto
Do não existisse
Nem o próprio ponto
Que eu procurasse.

Chegaria ao nada
Onde o nada existe,
Pois o nada existe
Onde existe o nada.
E de dentro-e-fora
Por onde circundasse
Não restasse o nada,
Nem a mim restasse.

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