Prolegômenos
O outro sou eu para o outro,
Não existe alguém além de mim,
Pois se sou eu e o outro,
Que me considera o outro,
Ou bem existe o outro
Ou bem existe a mim.
E isso não é saca-rolha
Nem rolha de saque sem fim.
Carrego em mim um projeto
Que joga minha objetividade em mim,
Ou engulo a minha objetividade
Ou ela termina engolindo a mim.
Eu sei que é complicado o que estou falando,
Uma forma de ver completamente diferente.
Um ver que a gente sente que a gente vê
Porque a gente sente que a gente vê
Quando a gente vê o que a gente sente.
E isso não é nenhuma elucubração,
Nenhuma masturbação mental,
Nenhuma punheta intelectual,
Apenas o Caos.
O Caos pré-Verbal.
No inicio tudo era o Caos,
Então o Verbo falou.
E não parou mais de falar...
Ainda bem...
Ruy Penalva, Ssa, 16/11/2005.
sábado, 29 de maio de 2010
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