Eu Quero A Menina

Eu Quero A Menina (Ruy Penalva) Só não viu foi quem não quis O perdão tergiversar Quando aquele monstro feiticeiro Tomou conta do lugar Chegou, pediu, minto, exigiu A mais linda virgem pra levar A mais atraente A mais comovente A mais sempre a mais dentre as mais Pegou a menina Levou a menina Roubou a menina, sumiu Ninguém soube dela Ninguém mais revela Ninguém disse ao menos um piu! Já depois muito depois Bem no céu apareceu Um grande cometa Talvez um planeta Eu sei uma estrela nasceu Eu quero a menina Me tragam a menina Eu quero a menina porque No fim novela Só eu gosto dela Só eu vou poder desfazer Tamanho encanto Dum forte quebrando Que um dia pôs tudo a perder Um grande momento Meu contentamento De um dia casar com você

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A Função Inferior, a Psicanálise e a Conversão dos Santos

A Função Inferior, a Psicanálise e a Conversão dos Santos

Sem sombras de dúvidas que uma das grandes contribuições do psicoterapeuta analítico suíço, Carl Jung, à sua psicologia, e a todas as psicologias, foi a descrição das 4 funções psicológicas. Quando voltar ao tema Jung X Freud vou mostrar outras contribuições desse brilhante homem de “ciência”. Essas 4 funções, quando combinadas com os 2 tipos de comportamento, Extrovertido/Introvertido, também contribuição dele, trabalham de maneira bastante interessante no entendimento da personalidade e comportamento humanos, embora não possamos dizer que cientificamente trabalham, posto que a psicanálise ou a psicoterapia analítica não ganharam nem vão ganhar nunca status de ciência. Psiquiatria também não é ciência, stricto sensu, mas associada à psicofarmacologia achou um lugar na medicina. Já a Psicologia também não tem status de ciência. O fato de duvidar da Psicanálise como ciência foi o que impediu a Einstein (tenho comentários sobre ele também) de assinar um abaixo assinado propondo o Nobel para Freud. Mas Nobel de quê? De Medicina, não poderia! Não havia mesmo onde encaixar Freud num Nobel.

As Quatro Funções Psicológicas de Jung

Jung, que acreditava que psique humana funcionava na base da quaternidade, descreveu quatro funções na mente humana, sendo uma sempre dominante e outra sempre subdesenvolvida. As funções laterais têm pouca importância em relação principal, mas para ser integral o ser humano deve desenvolver de uma maneira ou de outra as quatro funções.
As quatro funções são:

Racional/Sentimental ou Sentimental/Racional
Percepção/Intuição ou Intuição/Percepção

O homem é quase sempre Racional (irracional sempre) e tem como função inferior o Sentimento. A mulher é quase sempre Sentimental e tem como função inferior o Racional. Algumas pessoas podem ser Intuitivas e ter como função inferior a Percepção ou Perceptivas e ter como função inferior a Intuição. Quem passeia igualmente nas quatro funções é completo, uma espécie de Buda.

A Função Inferior - O Calcanhar de Aquiles

Esse termo Calcanhar de Aquiles deriva do fato de que a mãe de Aquiles, a ninfa Tétis, ter temperado o corpo de Aquiles no fogo, outros dizem que foi no Rio Estige, rio do Inferno, mas pegando ele pelo calcanhar, de cabeça para baixo, de tal maneira que o calcanhar foi a única parte que não foi temperada, ou molhada, e ficou vulnerável. Afrodite, mãe de Enéias, que fundou o Lácio casando com a filha do Rei Latino, e consequentemente Roma, sabia disso, e dirigiu a flecha de Páris, raptor de Helena e irmão de Heitor, diretamente ao Calcanhar de Aquiles, e Aquiles morreu. Então a função inferior é o nosso Calcanhar de Aquiles. É essa função que nos faz dar chilique, rodar a baiana, nos comportar inadequadamente, quando não a dominamos ou compreendemos. Seguramente é o não domínio da função inferior que leva a maioria das pessoas soi disant sãs ao consultório do analista. O ideal é que você vá aos poucos dominando sua função inferior, pois se ela te pega de uma vez você nunca vai esquecer disso e é isso que basicamente ocorre na Conversão religiosa de alguns Santos ex-pecadores. Eu tenho uma amiga que queria dominar a sua função inferior para saber dizer não, e foi ao analista para isso. Depois de alguns anos de análise ela ficou um Limão, a senhora Não. Analistas freudianos não sabem trabalhar bem função inferior e ela brota por osmose durante a análise no consultório deles. Aliás, conheço várias pessoas, normalmente mulheres, que foram a analistas para se tornarem limão. No início elas gostam, mas depois começam a sentir a azia da conseqüência da função mal trabalhada.

A Função Inferior e a Conversão dos Santos

Gostaria de citar aqui dois Santos (São Cristovão e São Paulo) e um que não era tão Santo assim: Constantino, o fundador de Constantinopla.

a) O Caso de São Cristovão (o mais bonito deles)

São Cristovão era um homem descrente e de extrema força e compleição física. Ele dizia que queria trabalhar para alguém que fosse mais poderoso do que ele. Então ele soube que existia um fazendeiro muito poderoso e foi trabalhar para esse fazendeiro. Quando soube que esse fazendeiro tinha meia com o Diabo ele disse “eu vou trabalhar é logo para o chefe dele” e passou a servir ao Diabo. Mas ele soube que Deus era mais poderoso do que o Diabo então ele abandonou o Diabo e começou procurar Deus para servir, mas não O achava. Ele então ficou na beira de um rio atravessando as pessoas sobre suas costas, a nado, de uma margem a outra, na espera de um dia conhecer Deus. Foi quando um dia apareceu uma criança muito pequena, sozinha, para ele atravessar de uma margem à outra. Ele colocou a criança nas costas e começou atravessar o rio. Mais a mais ele sentia o peso da criança a ponto de ficar exausto e não conseguir mais dar braçadas no meio do percurso, estando a ponto de afogar-se, foi quando percebeu que aquela criança era Deus. Foi tomado por sua Função Inferior onde tinha de mais forte que era sua força física. Nesse dia ele se converteu e passou a ser o padroeiro dos motoristas e de todos aqueles que fazem transporte.

b) O Caso São Paulo

Saulo de Tarso, um judeu de cidadania romana, tinha como ofício levar cristãos presos para entregar às autoridades. Um dia, na Estrada de Damasco, a caminho da Síria, foi derrubado por um intenso clarão e explosão vindos do céu e uma voz teria vindo de lá do alto e dito a ele que era Jesus e perguntou-lhe por que ele perseguia os cristãos. Isso foi o bastante, e não foi pouco, para ele se converter ao Cristianismo, mudar o nome de Saulo para Paulo e ser um dos maiores divulgadores do evangelho como o Apóstolo Paulo. Foi seguramente pegado pela sua função inferior. Um caso típico de histeria alucinativa. Não vou entrar na discussão de se São Paulo era um agente romano infiltrado no cristianismo ou não, pois no final das contas tanto Roma quanto o Cristianismo se beneficiaram mutuamente dessa simbiose e é por isso que os dois estão vivos até hoje.

c) O Caso Constantino

Bom, Constantino não virou Santo, mas se converteu. Ninguém sabe se por conveniência ou por um ato de fé. Enquanto no caso de Paulo dizem os teólogos católicos que o próprio Espírito Santo falou, no caso de Constantino foi um Sonho. É bom lembrar que o Espírito Santo também apareceu a José num sonho dizendo que o filho que Maria tinha não era de José, mas do Espírito Santo; o bom foi que José acreditou e tudo terminou numa boa. Além disso, tem muito filho do Espírito Santo aí na barriga de muita mulher. Mas voltemos a Constantino. Constantino se considerava um representante de Apolo, Deus do Sol Grego, na Terra. Até que um dia ele sonhou que havia um cruz (depois volto ao tema da cruz e da suástica) no Sol (Apolo) com os seguintes dizeres “ In Hoc Signus Vince” com este sinal vencerás, outros dizem que ele teria mesmo ouvido mesmo Jesus dizer: Meus Pace est cum Vos, In Hoc Signus Vince. Como Jesus teria sido crucificado (voltarei ao tema), embora o cristianismo não adotasse o sinal da cruz até então, que veio a ser adotado muito mais tarde, Constantino se converteu ao Cristianismo e adotou a cruz como símbolo sagrado. Depois, atendendo novamente a uma voz do céu, colocou as iniciais gregas CP (Jesus em Grego) nas armaduras romanas, em lugar da águia de então, e venceu uma batalha onde estava inferiorizado. Constantino criou a Roma do Oriente, Constantinopla, que só caiu mil anos após a Roma do Ocidente ter sido destruída por godos, visigodos, vândalos etc.

O sonho de Constantino, a ser verdade que sonhou, ou que ouviu, foi o que Jung chama de a great dream (voltarei ao tema do great dream). Aquele tipo de sonho que muda sua vida.

A função inferior pegou Constantino dormindo, mostrando que ela pode nos pegar a qualquer hora e em qualquer lugar se não estivermos preparados para recebê-la.


Salvador, 17 de maio de 2009.

Esses e outros assuntos vocês encontram no meu blog www.myspace.com/ruypenalvamusic ,
lembrando, que eu não tenho compromisso com a ciência ou a precisão acadêmica, mas com a polêmica.

Ruy Penalva

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