Eu Quero A Menina

Eu Quero A Menina (Ruy Penalva) Só não viu foi quem não quis O perdão tergiversar Quando aquele monstro feiticeiro Tomou conta do lugar Chegou, pediu, minto, exigiu A mais linda virgem pra levar A mais atraente A mais comovente A mais sempre a mais dentre as mais Pegou a menina Levou a menina Roubou a menina, sumiu Ninguém soube dela Ninguém mais revela Ninguém disse ao menos um piu! Já depois muito depois Bem no céu apareceu Um grande cometa Talvez um planeta Eu sei uma estrela nasceu Eu quero a menina Me tragam a menina Eu quero a menina porque No fim novela Só eu gosto dela Só eu vou poder desfazer Tamanho encanto Dum forte quebrando Que um dia pôs tudo a perder Um grande momento Meu contentamento De um dia casar com você

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Os Artistas Baianos

Os artistas baianos sempre foram muito dependentes dos poderes públicos. Mesmo os da velha guarda: Jorge Amado, Jenner, Calazans Neto, Carybé dependiam do estado. Acho que foi Carybé que pintou um mural no Centro Administrativo em que ACM se parece mais com um Papa, ou quem sabe com um Deus. Isso tira-lhes a independência. A Axé Music começou patrocinada e se hoje alguns dos seus expoentes já não dependem mais do estado ainda reverenciam-no com a tradição ancestral, o vício do cachimbo. Por certo o Renascimento dependeu de mecenas, de banqueiros, de papas, contudo já não estamos mais no século XIV. Uma exceção à regra foi Caetano Velloso, e em certa medida Gilberto Gil. Caetano, que era um enfant terrible, e também um enfant gâteau, nunca babou os quimbas de ACM, embora depois da sua guinada à direita tenha trocado babações reciprocantes com direito a dendê e dengo. Mesmo Caymmi, que soltava o malho em ACM, recebeu de ACM uma casa no Rio Vermelho, que nunca veio a morar, vendeu-a para comprar um sítio no Rio. Isso é que é gostar da Bahia! Não sou contra a cordialidade mútua, mas daí a ficar jugulado às Potestades vai muita diferença.

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