Eu Quero A Menina

Eu Quero A Menina (Ruy Penalva) Só não viu foi quem não quis O perdão tergiversar Quando aquele monstro feiticeiro Tomou conta do lugar Chegou, pediu, minto, exigiu A mais linda virgem pra levar A mais atraente A mais comovente A mais sempre a mais dentre as mais Pegou a menina Levou a menina Roubou a menina, sumiu Ninguém soube dela Ninguém mais revela Ninguém disse ao menos um piu! Já depois muito depois Bem no céu apareceu Um grande cometa Talvez um planeta Eu sei uma estrela nasceu Eu quero a menina Me tragam a menina Eu quero a menina porque No fim novela Só eu gosto dela Só eu vou poder desfazer Tamanho encanto Dum forte quebrando Que um dia pôs tudo a perder Um grande momento Meu contentamento De um dia casar com você

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Serra Queria Cobrar Imposto de Igrejas em 1995 Segundo D. Evaristo Arns

JORNAL DO BRASIL • BRASIL • 2/3/1995
D. Paulo adverte contra modelo neoliberal


No lançamento da Campanha da Fraternidade, cardeal convoca entidades para pressionarem a favor dos excluídos no Brasil

JOSÉ MARIA MAYRINK
SÃO PAULO _ O cardeal-arcebispo de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns, afirmou que o governo deve resistir à tentação de implantar o modelo neoliberal, para não agravar ainda mais a ´´vergonhosa“ situação dos 32 milhões de brasileiros que, segundo dados oficiais, vivem na indigência. ´´O número de excluídos não vai diminuir enquanto o capital se concentrar nas mãos de poucas pessoas“, advertiu o cardeal, ao falar da exclusão dos marginalizados, tema da Campanha da Fraternidade lançada ontem pela igreja.
Convencido de que o Brasil adotará o neoliberalismo se não houver uma imediata reação da sociedade, D.Paulo disse que as entidades não-governamentais devem fazer pressão para impedir que isso ocorra. ´´Por enquanto, o país não está no caminho certo, mas pode corrigir o rumo“, observou o cardeal, depois de interpretar como uma manifestação da tendência neoliberal ´´o fato de o trabalhador ter de viver com um salário mínimo de R$ 70, enquanto aqueles que têm cargos e influência tiveram aumentos de mais de 100%“.
A correção da rota, segundo D.Paulo, está nas mãos dos governantes. ´´Tenho confiança absoluta nessas pessoas, especialmente nesse homem com quem trabalhei mais de 15 anos em São Paulo e que agora governa o Brasil“, afirmou o cardeal, referindo-se ao presidente Fernando Henrique Cardoso. ´´Espero que, pouco a pouco, o Brasil seja de todos os brasileiros“, acrescentou ele, com a ressalva de que a aplicação da justiça social ´´não depende só do governo, mas também dos responsáveis pela produção e pela comercialização dos bens“.
O cardeal de São Paulo criticou a proposta do ministro José Serra de cobrar impostos de igrejas e instituições religiosas. ´´O ministro do Planejamento não está a par da legislação, pois não sabe que a igreja goza de isenção porque é uma entidade de direito público, como reconheceu Ruy Barbosa“, disse D.Paulo. ´´O ministro está dando um péssimo exemplo, pois com essa sugestão ele lança o povo contra o governo“, acrescentou. ´´igreja é povo, não é parede nem edifício“, argumentou o cardeal para lembrar que o dinheiro do imposto acabaria saindo dos bolsos dos fiéis.
Catador _ Depois de denunciar o agravamento da exclusão social no país, D.Paulo passou a palavra a aposentados, moradores de rua e catadores de papel para eles falarem como se sentem como excluídos. ´´Eu sou excluído porque cato papel nas calçadas e uma parte da sociedade não acha que eu faço um trabalho digno“, queixou-se o pernambucano Evandro Floriano de Oliveira, 33 anos, que mora debaixo de um viaduto. Seu colega José Amaro, presidente da Cooperativa de Papel e Material Reaproveitável, que também vive na rua, mostrou que a situação pode melhorar. ´´Para escapar dos atravessadores, a gente se organizou nessa luta que já reúne mais de 80 pessoas“, informou.

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