Eu Quero A Menina

Eu Quero A Menina (Ruy Penalva) Só não viu foi quem não quis O perdão tergiversar Quando aquele monstro feiticeiro Tomou conta do lugar Chegou, pediu, minto, exigiu A mais linda virgem pra levar A mais atraente A mais comovente A mais sempre a mais dentre as mais Pegou a menina Levou a menina Roubou a menina, sumiu Ninguém soube dela Ninguém mais revela Ninguém disse ao menos um piu! Já depois muito depois Bem no céu apareceu Um grande cometa Talvez um planeta Eu sei uma estrela nasceu Eu quero a menina Me tragam a menina Eu quero a menina porque No fim novela Só eu gosto dela Só eu vou poder desfazer Tamanho encanto Dum forte quebrando Que um dia pôs tudo a perder Um grande momento Meu contentamento De um dia casar com você

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quinta-feira, 24 de junho de 2010

About (1971)

About

Eu vejo, penso, enlouqueço,
Cabelos castanhos cortados.
Corte custa, quanta coisa?
Pra quem nasceu tão bonita!
Avenida estreita, barulho,
O ar empretece impotente,
O guarda apita, o carro pára,
Corrida louca de gente.
Entre gentes vem você,
Um barulho estranho a desperta,
Sua cabeça levanta,
Se fixa num ponto fixo,
Sua figura me encanta.
O informe em forma assoma,
O contraste me dá prazer,
Paro, não penso, segundos,
Com os olhos, fixo você.
O prazer se dissipa em sonhos,
Em sonhos radioaflitivos
Seus olhos tons de urânio,
Radioativos gerânios,
Computam e captam a vida.

Salvador, 1971,

Ruy Penalva

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