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Eu vejo, penso, enlouqueço,
Cabelos castanhos cortados.
Corte custa, quanta coisa?
Pra quem nasceu tão bonita!
Avenida estreita, barulho,
O ar empretece impotente,
O guarda apita, o carro pára,
Corrida louca de gente.
Entre gentes vem você,
Um barulho estranho a desperta,
Sua cabeça levanta,
Se fixa num ponto fixo,
Sua figura me encanta.
O informe em forma assoma,
O contraste me dá prazer,
Paro, não penso, segundos,
Com os olhos, fixo você.
O prazer se dissipa em sonhos,
Em sonhos radioaflitivos
Seus olhos tons de urânio,
Radioativos gerânios,
Computam e captam a vida.
Salvador, 1971,
Ruy Penalva
quinta-feira, 24 de junho de 2010
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