Amargaridas
Avance o sinal da vida,
Avise o sei-não da morte,
Há samba que no seio encerra,
Em serra romantismo e morte.
A mágoa de um povo, e o grito,
Emudeceram num enquanto-tanto.
Há sangue, há ódio em seus olhos rasos morena,
Há povo, não há homem, assombrem.
De carro e de carreiristas
Fez-se a nossa identidade,
De fugas e preconceitos
Fez-se a nossa liberdade.
De mal com o homem de bem
Assim comecei minha vida,
Plantando flor em concreto
Logo recolhi amargaridas.
A planta morreu em sementes,
O homem viveu em segredos,
De Cabral a Conselheiro
Mais de quatrocentos mil degredos.
Salvador, 1972.
Ruy Penalva.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
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