Eu Quero A Menina

Eu Quero A Menina (Ruy Penalva) Só não viu foi quem não quis O perdão tergiversar Quando aquele monstro feiticeiro Tomou conta do lugar Chegou, pediu, minto, exigiu A mais linda virgem pra levar A mais atraente A mais comovente A mais sempre a mais dentre as mais Pegou a menina Levou a menina Roubou a menina, sumiu Ninguém soube dela Ninguém mais revela Ninguém disse ao menos um piu! Já depois muito depois Bem no céu apareceu Um grande cometa Talvez um planeta Eu sei uma estrela nasceu Eu quero a menina Me tragam a menina Eu quero a menina porque No fim novela Só eu gosto dela Só eu vou poder desfazer Tamanho encanto Dum forte quebrando Que um dia pôs tudo a perder Um grande momento Meu contentamento De um dia casar com você

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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Amargaridas (1972)

Amargaridas

Avance o sinal da vida,
Avise o sei-não da morte,
Há samba que no seio encerra,
Em serra romantismo e morte.

A mágoa de um povo, e o grito,
Emudeceram num enquanto-tanto.
Há sangue, há ódio em seus olhos rasos morena,
Há povo, não há homem, assombrem.

De carro e de carreiristas
Fez-se a nossa identidade,
De fugas e preconceitos
Fez-se a nossa liberdade.

De mal com o homem de bem
Assim comecei minha vida,
Plantando flor em concreto
Logo recolhi amargaridas.

A planta morreu em sementes,
O homem viveu em segredos,
De Cabral a Conselheiro
Mais de quatrocentos mil degredos.

Salvador, 1972.

Ruy Penalva.

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