Eu Quero A Menina

Eu Quero A Menina (Ruy Penalva) Só não viu foi quem não quis O perdão tergiversar Quando aquele monstro feiticeiro Tomou conta do lugar Chegou, pediu, minto, exigiu A mais linda virgem pra levar A mais atraente A mais comovente A mais sempre a mais dentre as mais Pegou a menina Levou a menina Roubou a menina, sumiu Ninguém soube dela Ninguém mais revela Ninguém disse ao menos um piu! Já depois muito depois Bem no céu apareceu Um grande cometa Talvez um planeta Eu sei uma estrela nasceu Eu quero a menina Me tragam a menina Eu quero a menina porque No fim novela Só eu gosto dela Só eu vou poder desfazer Tamanho encanto Dum forte quebrando Que um dia pôs tudo a perder Um grande momento Meu contentamento De um dia casar com você

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sábado, 5 de junho de 2010

Maluco, Eu?

Maluco? Eu? (Ruy Penalva, 2003)

Em um ponto atingirei
O caminho da perfeição,
Momento que vai me levar
A total destruição.
Nem os sábios saberão,
Muito menos, cientistas,
Que a perfeição é uma meta,
Uma meta irrealista.

E tudo que eu faço
Na relação do meu espaço,
É um nada comparado
A o tudo que desfaço.
Sou quadrado imperfeito
Procurando a solução,
Que me tire da raiz,
Que me prende à equação.

Sou inteiro e sou fração,
Analógico e digital,
Sou um bit de parada,
Um binário acidental.
E viajo pelos cabos
Como luz sem direção,
Esperando num decoder
A final transformação.

Sou escravo dos meus genes,
Que me ditam a emoção,
Que produzem meus impulsos,
E me impelem à compulsão.
Tenho pé grande, moro longe,
Sou feio e não sou global,
Vivo da cata do lixo,
Neste luxo virtual.

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