Eu Quero A Menina

Eu Quero A Menina (Ruy Penalva) Só não viu foi quem não quis O perdão tergiversar Quando aquele monstro feiticeiro Tomou conta do lugar Chegou, pediu, minto, exigiu A mais linda virgem pra levar A mais atraente A mais comovente A mais sempre a mais dentre as mais Pegou a menina Levou a menina Roubou a menina, sumiu Ninguém soube dela Ninguém mais revela Ninguém disse ao menos um piu! Já depois muito depois Bem no céu apareceu Um grande cometa Talvez um planeta Eu sei uma estrela nasceu Eu quero a menina Me tragam a menina Eu quero a menina porque No fim novela Só eu gosto dela Só eu vou poder desfazer Tamanho encanto Dum forte quebrando Que um dia pôs tudo a perder Um grande momento Meu contentamento De um dia casar com você

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sexta-feira, 25 de junho de 2010

ConFleet o Conflito

ConFleet o Conflito


(Ao Poeta Ernane Gusmão)


Lendo um seu Alexandrino,
que fala de uma paixão inolvidável,
compreendi o quanto esta vida é miserável
e quanto o tanto eu ainda sou menino.


Mas não poderia encontrar nuns braços só
a síntese da minha paixão polivalente,
dividida, em mim, talvez menos ardente,
mas não menos implacável, sem dó.



Andorinha errante de espaço-finito
lancei ao nascer um pungente grito
e ainda ouço ecos daquele gemido.


Contudo, nem os leitos mais ardentes
aplacaram em mim dúvidas persistentes,
o Tempo sim, demolidor enxerido.


Ruy Penalva
Salvador, 1987.

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