ConFleet o Conflito
(Ao Poeta Ernane Gusmão)
Lendo um seu Alexandrino,
que fala de uma paixão inolvidável,
compreendi o quanto esta vida é miserável
e quanto o tanto eu ainda sou menino.
Mas não poderia encontrar nuns braços só
a síntese da minha paixão polivalente,
dividida, em mim, talvez menos ardente,
mas não menos implacável, sem dó.
Andorinha errante de espaço-finito
lancei ao nascer um pungente grito
e ainda ouço ecos daquele gemido.
Contudo, nem os leitos mais ardentes
aplacaram em mim dúvidas persistentes,
o Tempo sim, demolidor enxerido.
Ruy Penalva
Salvador, 1987.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
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