Eu e o Acaso (Ruy Penalva/2004)
Um toque de beleza existe
Quer seja no belo ou no triste
Onde a evolução permeou.
Acordo também se percebe
No que falta ou no que excede,
Mas não excedeu nem faltou.
Tudo nos parece tão tácito,
Produto de um beneplácito
De Ser que cremos Criador.
Mas somos filhos do acaso,
O jardim, a rosa, o vaso,
A raiz, o caule, a flor.
Eu também sou o resultado
De um encontro inesperado,
De fato que a mim escapou.
Teria eu então um drama,
Se não me fizessem na cama,
Se não me expusessem a dor?
quinta-feira, 24 de junho de 2010
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