Eu Quero A Menina

Eu Quero A Menina (Ruy Penalva) Só não viu foi quem não quis O perdão tergiversar Quando aquele monstro feiticeiro Tomou conta do lugar Chegou, pediu, minto, exigiu A mais linda virgem pra levar A mais atraente A mais comovente A mais sempre a mais dentre as mais Pegou a menina Levou a menina Roubou a menina, sumiu Ninguém soube dela Ninguém mais revela Ninguém disse ao menos um piu! Já depois muito depois Bem no céu apareceu Um grande cometa Talvez um planeta Eu sei uma estrela nasceu Eu quero a menina Me tragam a menina Eu quero a menina porque No fim novela Só eu gosto dela Só eu vou poder desfazer Tamanho encanto Dum forte quebrando Que um dia pôs tudo a perder Um grande momento Meu contentamento De um dia casar com você

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sexta-feira, 25 de junho de 2010

E Ainda Somos Medievais

E Ainda Somos Medievais (Ruy Penalva/2004)

Se eu estiver parado,
Calado,
Estatalado,
Não se preocupe,
Só estou tentando quebrar o silêncio
Com um silêncio ainda maior.
Estou tentando desatar o nó
Cuja ponta é o início de um outro nó,
O nó da existência,
O verdadeiro nó.
Que a morte mata, mas não desata,
Que a vida cria, mas não desfia.
Estou tentando saber como se passa
Pela vida deixando o corpo aqui,
O espírito flanando vendo a matéria desmilinguir...
Sinto-me desconfortável com horários,
Teias, cadeias, obrigações,
Fico indignado com os vendedores de fé,
Pastores, padres, missionários
Comandando uma legião de otários.
Que vivem a rezar em vez de meditar,
De se autoconhecer.
Conhecem a bíblia,
Um livro apócrifo e caduco,
Leitura obrigatória de malucos,
Pois é:
Estamos no século 21 e ainda somos medievais.

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