Desejos São Desejos (Ruy Penalva)
A moça, a massa, a missa, a murta
Lá na porta
A força bruta acende a falsa
Insepulta fossa
Quem não sepultou desejos
Deixou no coração fluir
Nem viu quando a razão morria
Nem viu todo amor surgir
Saiu quando devia entrar
Entrou quando devia sair
Provou de todo mal estar
Sobrou nesse momento ali
Não sabe que desejos são
Fáceis de dissipação
Flores que não durarão
Um belo dia de verão
Os desejos são desejos
Que passam na satisfação
E morrem num lufar de vento
Somem como assombração
Os desejos são saudades
Se perdem na imensidão
A moça, a massa, passa fica a porta
Desejos não mais voltarão...
terça-feira, 27 de julho de 2010
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