Eu Quero A Menina

Eu Quero A Menina (Ruy Penalva) Só não viu foi quem não quis O perdão tergiversar Quando aquele monstro feiticeiro Tomou conta do lugar Chegou, pediu, minto, exigiu A mais linda virgem pra levar A mais atraente A mais comovente A mais sempre a mais dentre as mais Pegou a menina Levou a menina Roubou a menina, sumiu Ninguém soube dela Ninguém mais revela Ninguém disse ao menos um piu! Já depois muito depois Bem no céu apareceu Um grande cometa Talvez um planeta Eu sei uma estrela nasceu Eu quero a menina Me tragam a menina Eu quero a menina porque No fim novela Só eu gosto dela Só eu vou poder desfazer Tamanho encanto Dum forte quebrando Que um dia pôs tudo a perder Um grande momento Meu contentamento De um dia casar com você

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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Retrato Falado

Retrato Falado
Category: Writing and Poetry

Retrato Falado

(a um político baiano)



Era aprovado pela miséria imprópria,
Que em vão vivia das suas migalhas,
Distribuídas ao sabor do tempo
Qual um liófilo que o vento espalha.


Era aclamado pelos desprovidos,
Que desouvidos eram amordaçados,
Na ignorância que embrutece a mente
Quando a cegueira serve de mortalha.

Mas tinha deles o calor-afago,
Que como um trago engolia fogo,
Não lhe faltava desfaçatez dos cínicos,
Que disfarçava ao lhes-fazer-lhes rogo.

Não os direi a quem eu me refiro,
Mas não retiro nada que compus,
Muito ao contrário mais lhe acrescento,
Pois do tumor o seja o próprio pus.


Ruy Penalva, 15/12/2005.

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